Português
Quando criança, morávamos em uma pequena casa com um grande porão. Mamãe tornou o porão confortável com um tapete que cobria todo o chão de concreto e uma poltrona e cadeira com as quais podíamos brincar. Meus irmãos e eu brincávamos muito lá embaixo, e era ali que guardávamos a maior parte de nossos brinquedos e as coisas que eram valiosas para nós.
Subíamos e descíamos aqueles degraus de madeira diversas vezes, e logo eles começaram a ficar bastante gastos e sujos. Mamãe resolveu pintá-los. Isto foi na época antes que existissem tintas de secagem rápida, e levaria um dia inteiro para a tinta secar.
Algumas horas antes de Mamãe começar a pintar, ela nos disse para levar para cima tudo o que estava no porão que pudéssemos querer durante o dia. “Pensem bem”, ela disse, “e certifiquem-se de trazer para cima tudo aquilo com que irão querer brincar.”
Nós três – eu tinha 10 anos, meu irmãozinho Robby tinha 6, e meu irmão mais velho era maior que eu – descemos aos empurrões e juntamos as coisas de que gostávamos. Depois Mamãe pintou a escada.
Não foi muito tempo depois de ela ter terminado que me lembrei de algo mais de que precisava. Sim, eu precisava mesmo daquilo! Era algo muito importante, e eu precisava já!
Fui até o topo da escada e analisei os degraus. Minhas pernas eram compridas, e eu era bom em descer quatro degraus de cada vez. Assim, pensei, “Se me segurar no corrimão, só vou precisar tocar a beiradinha de três degraus. Isso só deixaria três pequenas marcas na tinta fresca. Mamãe provavelmente nem perceberia”, pensei comigo. Então desci a escada como tinha planejado.
Olhei para trás, para os degraus. Nem dava para perceber, pensei, bem satisfeito comigo mesmo.
Achei meu tesouro esquecido e virei-me para voltar a subir a escada. Êpa! Descer era uma coisa; subir seria bem diferente. É difícil subir uma escada pulando degraus. Olhei as janelas do porão. Eram muito pequenas para passar por elas. “Por que não pensei nisto antes?”, censurei a mim mesmo.
Quando cheguei ao topo, meus sapatos estavam grudentos com a tinta e as marcas de minha subida ficaram bem evidentes atrás de mim. Tirei meus sapatos e corri para meu quarto onde me enfiei sob as cobertas da cama e esperei. Estava triste e arrependido por ter estragado a pintura de Mamãe.
As lágrimas já começavam a escorrer por minha face quando escutei a voz irada de minha mãe. “Robby! Por que você desceu a escada?” perguntou brava a meu irmãozinho.
“Eu não desci, Mamãe,” respondeu ele. Mas já que Robby parecia estar sempre se metendo em confusão, Mamãe não acreditou nele. Aí escutei Robby chorando quando ela começou a castigá-lo.
“Oh não!, pensei. “Não posso deixar Robby levar meu castigo… não é justo!” Corri para fora de meu quarto, chorando, “Ele não fez isso, Mamãe. Fui eu! É tudo culpa minha.”
Você já teve alguém levando o castigo por coisas que você fez de errado? O melhor Amigo que você já teve foi castigado para que você ficasse livre do castigo por causa de seus pecados. E que castigo terrível Ele quis levar por você! Ele foi pregado naquela terrível cruz no monte Calvário, e então, durante aquelas três horas das mais negras trevas, Ele foi abandonado por Deus, que lançou sobre Ele o castigo por todos os pecados de qualquer pessoa que viesse a aceitá-Lo como seu Salvador.
Deus enviou Seu amado Filho a este mundo, como um homem, para morrer por nós, para que pudéssemos ser resgatados. Gálatas 3:13 nos diz que “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por nós.” “[Deus] O fez pecado por nós; para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Coríntios 5:21).
Você já chegou a pensar, “Jesus não pecou; eu pequei; sou eu o transgressor, não Jesus; Ele não fez nada de errado”? Ele ama muito você e está oferecendo a libertação do castigo por seus pecados. Você irá aceitar Sua oferta?
“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36).
Mario Persona
English
When I was growing up, we lived in a little house with a full basement. Mom made the basement cozy with a rug covering the concrete floor and a couch and chair that we could play on. My brothers and I played down there a lot, and that was where we kept most of our toys and the things we treasured.
We went up and down those wooden stairs many times, and after a while they began to look pretty scuffed and scruffy. Mom decided she was going to paint them. That was in the days before quick-drying paints came into use, and it would take a full day for the paint to dry.
A couple of hours before Mom began to paint, she told us to bring up anything from the basement that we would be wanting during that day. “Think hard,” she said, “and be sure to bring up everything you might want to play with.”
The three of us – I was 10, my little brother Robby was 6, and my big brother was older than I – all scrambled downstairs and gathered up our prized possessions. Then Mom painted the stairs.
It wasn’t long after she had finished that I remembered something else I needed. Yes, I really needed it! It was very important, and I needed it right now!
I went to the top of the stairs and studied them. My legs were long, and I was pretty good at going down four steps at a time. So I thought, “If I hold onto the banister, I’ll only need to touch the very edge of three steps. That would leave only three tiny marks in the fresh paint. Mom likely won’t even notice”, I told myself. So I went down as I had planned.
I looked back at the stairs. Not very obvious, I thought, quite pleased with myself.
I found my forgotten treasure and returned to go back up the stairs. Whoops! Coming down had been one thing; going up would be quite different. It’s difficult to jump up stairs. I looked around at the basement windows. They were much too small to crawl through. “Why didn’t I think of this before?”, I scolded myself.
Now, with my treasure in my hands, it would be harder to balance on the edge of the steps. But I couldn’t stay in the basement all day. There was nothing to do but climb those freshly painted stairs.
By the time I reached the top, my shoes were sticky with paint and the marks of my climb were left very plainly behind me. I took of my shoes and ran to my bedroom where I buried myself in the bedcovers and waited. I was sad and sorry that I had messed up Mom’s paint job.
Tears were already trickling down my face when I heard my mother’s voice. “Robby! Why did you go down those stairs?” she asked my little brother angrily.
“I didn’t, Mom,” he answered. But since Robby always seemed to be getting into trouble, Mom didn’t believe him. And then I heard Robby crying as she began to punish him.
“Oh no!”, I thought. “I can’t let Robby take my punishment… that’s not fair!” I ran out of my bedroom, crying, “He didn’t do it, Mom. I did! It’s all my fault.”
Have you ever had anyone take the punishment for things you did wrong? The very best Friend you could ever have has been punished so you could be free from the punishment for your sins. And what a terrible punishment He was willing to take for you! He was nailed to that awful cross on Calvary’s hill, and then, during those three hours of blackest darkness, He was forsaken of God, Who laid on Him the punishment for all the sins of anyone who would accept Him as their Saviour.
God sent His beloved Son into this world, as a man, to die for us so we could be redeemed. Galatians 3:13 tells us, “Christ hath redeemed us from the curse of the law, being made a curse for us.” “[God] hath made Him to be sin for us, Who knew no sin; that we might be made the righteousness of God in Him” (2 Corinthians 5:21).
Have you come to realize, “Jesus didn’t sin; I did; I’m the one at fault, not Jesus; He didn’t do anything wrong”? He loves you so much He is offering you freedom from the punishment for your sins. Will you accept His offer?
“If the Son therefore shall make your free, ye shall be free indeed” (John 8:36).
Mario Persona