Números 11:24-35

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)

A seu pedido, Moisés divide parte de suas responsabilidades com os setenta anciãos. Desde o capítulo 4 do Êxodo, Arão foi nomeado “para ser seu porta-voz para o povo” (ele te será por boca – Êxodo 4:16). É humilhante pensar que a nossa falta de fé muitas vezes obriga o Senhor a dar a outros parte de nosso trabalho.

Os anciãos estão reunidos na tenda, onde o Espírito vem sobre eles. Então, descobrimos que dois desses homens, Eldade e Medade, ficaram no arraial e estão profetizando lá. Josué gostaria de proibi-los (comparar com Lucas 9:49), mas para Moisés é uma boa notícia. O desejo de preeminência tão enraizado na mente do homem natural não tinha lugar em Moisés. Paulo também se alegrou ao ver que o Evangelho fosse pregado, mesmo “por inveja e contenda” (Filipenses 1:15-18). Claro que Paulo estava se referindo ao Evangelho da graça de Deus, da salvação pela obra de Cristo na Cruz e não outro evangelho. Hoje há muitos que estão pregando o Evangelho, mas estão recusando o lugar escolhido por Deus, que é estar reunido ao nome do Senhor Jesus “fora do arraial”. Se Deus nos mostrou o caminho da separação “fora do arraial” religioso da cristandade, devemos nos abster de julgar com espírito de superioridade aqueles crentes que, talvez mais piedosos e devotos que nós, não entendem essa separação. Tudo o que possuímos ou conhecemos devemos a pura graça de Deus.

Uma coisa ficou clara neste capítulo, Deus ouve os pedidos dos descrentes. Tudo o que pedirmos em seu Nome, de acordo com sua vontade, Ele fará. Não recebemos porque pedimos mal e para nosso deleite. Como o irmão na parábola do filho pródigo que queria em seu íntimo um bezerro cevado para dividir com “seus amigos” e não com seu pai. Que possamos aprender a vontade de Deus e nos deliciarmos Nela. Ali há gozo e benção. Que o Senhor nos guarde de nós mesmos” 

Imagine por um momento o que aconteceria com as codornas mortas sob o sol do deserto! Gálatas 6:8 adverte que “o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção”.

Aquelas pessoas puderam satisfazer plenamente o desejo de carne, mas enquanto satisfaziam ansiosamente sua luxúria, surgem pragas entre elas e muitas morreram. O que elas desejaram como uma benção tornou-se uma maldição. E o dano não era apenas físico, mas também espiritual, pois lemos referindo-se a este episódio: “E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a sua alma” (Salmo 106:15).

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.