(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
Ao redor da tenda do tabernáculo se estendia o pátio, uma espécie de grande área fechada onde todos os israelitas estavam autorizados a entrar com seus sacrifícios (Salmo 96:8). Era cercado com cortinas de linho fino sustentadas por colunas que descansavam em bases de cobre. Essas cortinas de linho torcido (correspondente a imaculada humanidade de Cristo) nos falam do testemunho prático da santidade que os santos redimidos são chamados a dar diante de um mundo ignorante e hostil. Este testemunho é acompanhado de sofrimentos por causa da justiça, por isso tudo descansa em bases de cobre, da mesma substância do altar de sacrifício onde, em figura, Cristo padeceu por nós, deixando-nos um exemplo… (1 Pedro 2:21). Brilhando sob o sol do deserto, o pátio devia ser visível de longe, proclamando que Deus estava ali. Que o Senhor nos conceda dar a Ele coletivamente um testemunho irrepreensível ante o mundo.
Aquele que somente entrava no pátio perceberia o caráter e a glória Daquele que habitava no tabernáculo, tanto quanto aquele que entrava no lugar santo. Uma entrada larga, indicando que Deus é marcado por grandeza de coração, sem desejo de excluir ninguém. Mas todos os que entram devem se aproximar do altar do sacrifício que estava em frente deles.
O final do capítulo nos lembra qual é a fonte e o poder interior de tal testemunho: o Espírito Santo. Para que as sete lâmpadas do castiçal pudessem iluminar continuamente, era preciso colocar nelas azeite puro e batido. Apenas duas vezes antes lemos sobre azeite, ambas as vezes em que Jacó o derramou sobre uma coluna (Gênesis 28 e Gênesis 35), mas lá a natureza do azeite não é especificada. Aqui sua natureza é especificada. Era para ser “azeite puro de oliveiras, batido”. Esta primeira menção do azeite puro é claramente típica do Espírito Santo e fixa o seu significado através das Escrituras. O castiçal de ouro não teria nenhum serviço sem o azeite. No Novo Testamento, as assembleias, assim como o crente individualmente, são comparadas a lâmpadas. Mas, sem o azeite do Espírito Santo, eles não têm capacidade de brilhar para a glória de Deus, isso é uma figura do exercício incessante por parte dos crentes para ceder ao Espírito Santo de Deus o lugar que é verdadeiramente Seu.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.