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“Israel [Jacó] estendeu a sua mão direita e a pós sobre a cabeça de Efraim, que era o menor, e a sua esquerda sobre a cabeça de Manassés, dirigindo as suas mãos propositadamente, não obstante Manassés ser o primogênito.” (Gênesis 48:14).
Aqui encontramos Israel (Deus havia dado a Jacó outro nome, Israel, que significa “um príncipe com Deus”), como um homem velho, novamente concedendo uma bênção, mas desta vez a seus dois netos, os filhos de José. Seus nomes eram Manassés e Efraim, e Manassés era o mais velho. Normalmente, o mais velho teria recebido a bênção maior e deveria ter a mão direita de Israel sobre sua cabeça. Mas Jacó cruzou os braços e colocou sua mão direita sobre a cabeça de Efraim. A princípio, José não ficou feliz com isso, e lemos que ele tentou tirar a mão direita de seu pai da cabeça de Efraim e colocá-la sobre a cabeça de Manassés (ver versículo 17). Mas seu pai recusou e manteve sua mão direita sobre a cabeça de Efraim. Podemos nos perguntar por que Jacó fez isso.
Quando Jacó e Esaú nasceram, eles eram gêmeos, mas Esaú nasceu primeiro. Normalmente ele deveria ter recebido a bênção maior, mas antes de eles nascerem, Deus havia dito claramente que o mais novo, Jacó, seria o mais proeminente dos dois, sendo que “o maior servirá ao menor” (Gênesis 25:23). Se voltarmos outra geração, descobriremos que Ismael era o filho mais velho de Abraão, mas Isaque recebeu a bênção maior. Voltando ainda mais, descobrimos que Jafé era o filho mais velho de Noé, mas a bênção de Deus foi mais pronunciada na família de Sem, que era o segundo filho.
Há uma razão especial para tudo isso. Lemos em 1 Coríntios 15:47 que “O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu”. O primeiro homem (Adão) foi um fracasso, pois ele e sua esposa Eva quebraram o único mandamento que Deus lhes deu, e assim trouxeram o pecado ao mundo. Estamos todos naturalmente conectados com o primeiro homem, Adão, e todos nós temos naturezas pecaminosas. Mas o segundo Homem é o Senhor Jesus, que teve sucesso onde o primeiro homem falhou. Ele fez perfeitamente a vontade de Deus, e então na cruz do Calvário abriu um caminho para todos os que vêm a Ele sejam reconciliados com Deus. É por isso que Deus frequentemente permitiu que o segundo filho fosse mais importante e mais espiritual do que o mais velho.
Se você olhar com cuidado, você pode encontrar outros exemplos no livro de Gênesis onde o filho mais velho não era o mais espiritual, mas sim um filho mais novo. Nem sempre é o segundo filho, e às vezes há mais de um irmão mais novo na mesma família que é mais piedoso do que o irmão mais velho. Veja se você consegue encontrar mais alguns!
Bill Prost
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