“Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” [1]
Quando participamos da ceia do Senhor, que é um privilégio que tem todo verdadeiro crente em Cristo, é-nos apresentado um olhar para trás, para “a morte do Senhor”, e um olhar para frente, para a Sua vinda, pois “comemos este pão e bebemos este cálice… até que [Ele] venha” [1]. Também nos faz olhar para dentro de nós, pois “examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice” [2]. Não há nada nem miraculoso nem misterioso acerca da ceia do Senhor. Ela “anuncia”, isto é, por ela “declaramos”, “pregamos”, “falamos” da “morte do Senhor, até que venha”. É uma simples continuação do que o Senhor fez na noite anterior à cruz, quando Ele “tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados” [3]. Tomamos a ceia do Senhor, não porque haja algum mérito nisso, mas porque amamos Aquele que pediu: “Fazei isto em memória de mim” [4]. Olhamos para trás e nos lembramos que “o Filho de Deus… me amou, e se entregou a si mesmo por mim” [5]; olhamos para frente, para o tempo em que “assim como [Ele] é o veremos” [6], e olhamos para dentro de nossos corações e oramos: “Examina-me, Senhor, e prova-me; esquadrinha os meus rins e o meu coração” [7].
Reunimo-nos em torno de Sua mesa
Para lembrarmos de Sua obra por nós;
Olhamos para frente, para Sua vinda,
E para trás, para Sua obra na cruz.
[1] 1 Coríntios 11:26; [2] 1 Coríntios 11:28; [3] Mateus 26:26‑28; [4] Lucas 22:19; [5] Gálatas 2:20; [6] 1 João 3:2; [7] Salmo 26:2