UMA GRANDE RECOMPENSA PARA UMA GRANDE FÉ

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Este artigo é baseado no capítulo 3 de Daniel, o qual o leitor é insistentemente encorajado a considerar em oração, antes de ler o que se segue. Nesta porção da Palavra de Deus vemos Sadraque, Mesaque e Abednego, três dos santos no Antigo Testamento que foram muito privilegiados por terem sido objetos de uma divina e maravilhosa intervenção para salvá-los de uma morte terrível e puderam desfrutar de alguns indizíveis momentos na doce companhia do Senhor. Esse foi um privilégio maravilhoso que, sem dúvida nenhuma, iria marcá-los pelo resto de suas vidas!

É muito importante vermos o roteiro pelo qual eles alcançaram aquela sublime ocasião. Examinemos suas circunstâncias. Aqueles jovens devem ter sofrido muito ao verem seu país sendo conquistado, e eles sendo exilados para um país pagão distante de Israel. Isto significa que estavam longe da terra que haviam herdado de Deus, e, o que era mais, distantes do templo — o lugar onde Deus habitava no meio dEles — e levados para um país estranho onde Deus não era temido. Poder-se-ia pensar que estas últimas circunstâncias não seriam de grande importância para muitos dos israelitas uma vez que o exílio era justamente uma punição vinda de Deus sobre Israel devido à sua incredulidade e idolatria. Mas aqueles três homens eram diferentes; eles faziam parte de um remanescente fiel. Isto pode ser visto em sua atitude quando se uniram a Daniel em seu propósito de não serem contaminados com a comida do rei de Babilônia. Eles foram abençoados e, como todos podiam ver, sua saúde foi beneficiada por isso.

A fé e fidelidade deles, portanto, são reveladas numa maneira muito mais forte mais tarde. Por todo o país foi proclamado um edito pelo qual todos deveriam adorar a abominável estátua que havia sido levantada pelo rei, sob pena de morte para aqueles que desobedecessem. Em meio a todo o povo, vemos aqueles três homens permanecendo sós e fiéis a Deus, não dobrando seus joelhos ao ídolo.

Considere, por um momento, o que significa permanecer firme quando todos os demais cedem, sozinhos em meio a uma nação hostil, e ameaçados com a pena de morte. O que faria você em tais circunstâncias?

A fé deles é levada a uma prova ainda mais extrema. Após haverem permanecido firmes para o Senhor diante do povo, são levados diante do rei onde são mais uma vez ameaçados e sua fé em Deus questionada. A resposta deles não tarda; é tão firme quanto fora antes. Confrontados com uma morte horrível, com a qual são ameaçados, eles continuam confiando totalmente em Deus sem medo de depositarem suas vidas em Suas mãos. Quantos de nós, diante de um inimigo ameaçador, permaneceríamos confiando totalmente em nosso Pai?

E eles não apenas glorificam a Deus ao mostrarem sua confiança, mas vão mais além: estão prontos a morrer se esta fosse a vontade de Deus. Eles não iriam prostrar-se diante do ídolo; eles não iriam dar honra a uma obra de homens no lugar de Deus, e não iriam desobedecer a Deus. Que grande gozo aquele sacrifício de Seus filhos deveria ter sido para Deus! (Salmo 116.15.) Sem dúvida alguma, era “como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus” (Fp 4.18).

Os três jovens que desafiaram o rei pagão são entregues a seus executores. Estes os amarram e os lançam na fornalha, superaquecida com a ira e o rancor que este mundo tem para com os filhos de Deus (João 15.18-21). Até mesmo os homens que os empurram são mortos pelo calor das chamas. Humanamente falando, não há escapatória para os três crentes, mas Deus age, e o incrédulo rei, espantado, é uma testemunha disso. Ele vê livres os homens que antes estavam atados. Eles caminham nas chamas, sem sofrer dano algum, e com outra Pessoa em Quem o rei reconhece a deidade. O Deus deles não somente os livra, mas também os abençoa com Sua presença. Que grande gozo para aqueles homens foi desfrutar da companhia do Senhor; que momentos de incomparável doçura entre as chamas da ira deste mundo hostil!

Estaremos prontos para desfrutar da presença do Senhor em meio às circunstâncias adversas que nos circundam, ou será que as chamas são tudo o que vemos e nos levam a fugir? E mais que isto, será que estaríamos prontos a oferecer nossa vida a Deus para Sua glória, ou iríamos desonrá-Lo por medo de perdê-la?

Quando eles são resgatados da fornalha, o rei de Babilônia, o grande rei e poderoso conquistador, é derrotado e glorifica a Deus. A grande fé e confiança dos três jovens não somente glorificou a Deus em demonstrar temor e obediência a Ele, mas também em derrotar Seus adversários, os quais podem tão somente louvá-Lo e reconhecê-Lo.

Que grande vitória para a qual eles estavam prontos a pagar um grande preço! Eles não foram como muitos de nós que, quando confrontados com alguma ameaça a nossas possessões ou à nossa segurança, recuamos ao invés de olharmos para Deus; ou como outros que nos cercam, prostrando-se diante de alguma abominável estátua deste mundo. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 Jo 5.21).

J. Escuain S.