(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
Leia 1 Coríntios 15:3. Cristo é Aquele que é nossa oferta pela transgressão. Aqui em nosso capítulo temos um tipo diferente de pecado. Os versículos 1 a 4 nos oferecem diversos exemplos de falhas que deviam ser expiadas mediante um sacrifício. São atos cuja gravidade talvez passassem despercebidas se a Palavra, o critério divino para nossa consciência, não houvesse condenado: deixar de dar um testemunho, ter contato, ainda que passageiro, com algo que é impuro, proferir palavras fúteis ou imorais. Uma pessoa pode ser culpada em manter o silêncio (versículo 1 – pela lei, cúmplice) ou, pelo contrário, por falar muito (versículo 4). Por exemplo, quando estamos trabalhando com um grupo de pessoas cuja conversa é imoral. Somos contaminados por isso, mesmo se não estivermos participando com eles. No versículo 2 lemos de se tocar um corpo morto. Trata-se de uma figura de nos tornarmos impuros pelo contato com o mundo do qual Deus diz que é imundo (Tiago 4:4 e 1 João 2:15-17), todas as associações que podemos fazer que são moralmente corruptas. Se nos identificarmos com outros que vivem corrompidos, também seremos contaminados por isso. Quando tais coisas eram trazidas à atenção de uma pessoa, ela devia confessar que havia pecado nesse assunto. Como é bom quando tal confissão é feita, sem desculpas adicionadas!
Em todos estes casos era necessário confissão (versículo 5), seguido pelo sacrifício (versículo 6). Essa ainda é a maneira determinada ao crente que falhou (1 João 1:9), com a diferença que o sacrifício não precisa ser oferecido uma segunda vez. O sangue de Jesus Cristo já foi derramado diante de Deus por nós, de modo que a confissão, unicamente ela, agora é suficiente. O orgulho de nossa vontade é quebrado quando confessamos um pecado a Deus. (Poderíamos pedir perdão sem a consciência ter sido tocada; isto traria descuido e frieza à nossa vida); Deus é então “fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”.
Os versículos 6 a 13 mostram a diferença de recursos daqueles que traziam as suas ofertas. Um ofereceu um cordeiro, outro dois pombinhos e um terceiro apenas um punhado de farinha. As pessoas não são capazes de apreciar na mesma medida a obra de Jesus, mas o que conta é o valor que ela tem para Deus, o valor do sacrifício do Senhor Jesus como expiação plena pelo pecado. Embora o entendimento seja diferente, Deus recebe sua oferta.
Por causa da pobreza, a graça de Deus permitiu uma oferta de um décimo de um efa de farinha, uma pequena quantidade, mas ao contrário de outras ofertas de manjares, não era colocado azeite ou incenso, pois tratava-se de uma oferta pelo pecado. Como não havia sangue, não poderia ser corretamente expiado. Ela fala da pureza do homem Cristo Jesus, no entanto, se há no ofensor uma verdadeira consideração pela pessoa de Cristo, embora ele não tenha compreensão do valor da obra de redenção de Cristo, Deus ainda pode graciosamente receber esta oferta, fazendo esta concessão pela ignorância.
Não há cheiro suave nisto, pois é uma oferta pelo pecado.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.