Levítico 14:1-13

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)

 

 

Lembre-se de que a lepra, nas Escrituras, é uma figura do pecado. Não existia cura conhecida para isso. No capítulo que começamos a estudar hoje, porém, o homem que tinha lepra era declarado limpo. Aqui está algo maravilhoso, a história que será lida agora é a história (em figura) da morte e ressurreição de Cristo! Ninguém além de Deus poderia ter inspirado um Livro como a Bíblia. 

 

O dia da purificação do leproso chegou. Ele era levado diante do sacerdote. Vamos observar o papel discreto, mas indispensável que desempenha a pessoa que traz o homem doente para quem vai declará-lo limpo. É precioso ser usado por Deus para conduzir os pecadores ao Senhor Jesus. É um serviço que até mesmo um jovem cristão pode fazer (João 1:40-42, 45-46). 

 

Mas se o sacerdote ficasse no tabernáculo ou no arraial, o leproso, que tinha sido posto fora, nunca teria sido capaz de encontrá-lo. O sacerdote, portanto, saia do arraial (versículo 3). Para encontrar o pecador, Jesus deixou a glória. Nós não poderíamos dar um passo em direção a Ele, sendo assim, Ele veio todo o caminho para chegar até nós. Como poderia o filho pródigo ter entrado na casa de seu pai sujo e em trapos? Seu pai saiu ao seu encontro e o vestiu com a melhor roupa enquanto ele ainda estava lá fora. 

 

Seguem os detalhes do processo de purificação, os dois pássaros juntos nos falam do remédio divino aplicável ao pecado de todo homem: a morte do Senhor, o primeiro pássaro era morto; Sua ressurreição, a segunda ave voava para longe, marcada com o sangue que levava consigo para o céu para coloca-la, simbolicamente, diante dos olhos de um Deus satisfeito. 

 

Aqui está a parte maravilhosa da história. Primeiro, dois pássaros vivos e limpos são trazidos ao sacerdote. As aves falam de Cristo, a primeira representa seu sacrifício no Calvário. O vaso de barro nos lembra que Ele veio em um corpo humano (um vaso) humilde para ser um sacrifício voluntário. Água corrente ou “água viva” simboliza o poder vivo do Espírito de Deus energizando esse sacrifício maravilhoso, de modo que a vida triunfasse sobre a morte. É maravilhoso vermos estes 2 pássaros como figuras do Senhor Jesus na morte e ressurreição. Um pássaro é morto, o pássaro vivo é mergulhado no sangue do pássaro morto (assim como os outros 3 itens mencionados). O pássaro vivo (com sangue sobre si) é solto em campo aberto (a ressurreição de Cristo). Em Romanos 4:25 você encontrará estes dois pássaros (em figura).

Depois, outros 3 itens incomuns precisam ser trazidos também… (versículo 4) (1) madeira de cedro, nas Escrituras, uma figura da força e estabilidade (Salmo 92:12), (2) carmesim, grandeza terrena e realeza de Israel. Veja em Êxodo 39:27-29 as vestes de glória e beleza do Sumo Sacerdote. (3) Hissopo, uma pequena flor que crescia abundantemente nos muros (uma figura de humildade), frequentemente utilizada para aspergir o impuro (Êxodo 12:22). Alto ou baixo, rico ou pobre, a obra de Cristo foi necessária para todos e suficiente para todos; O sangue pulverizado em todas essas coisas nos diz que na ressurreição a cruz nunca pode ser esquecida e a grande bênção que Cristo realizou para Si em unidade com Seu povo comprado pelo sangue depende do Seu sangue derramado no Calvário. O leproso é aspergido 7 vezes e assim sucede com o crente que é coberto pelo sangue de Cristo e permanece em total aceitação de Cristo diante de Deus – Hebreus 10:14. Isto nos dá paz com Deus. Assim, como o pássaro vivo é libertado, todos os crentes são abençoados na liberdade que pertence a Cristo na ressurreição.

O leproso era limpo pela água e pelo sangue. Leia João 19:34 e 1 João 5:6. 

 

A salvação depende do poder purificador do sangue de Cristo, mas a comunhão com Deus depende da obra purificadora de Cristo. Sangue e água (Hebreus 10:22).

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.