Gênesis 30:25-43

(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

Quando José nasce, Jacó tinha o desejo de voltar para o “meu lugar, e à minha terra”. É bom ver que ele chama aquela terra de sua. Pois embora Deus a tivesse apenas prometido a ele, ele cria em Deus e já a considerava sua. Seu primo Labão não está feliz com a ideia. Parentes e amigos que não sejam salvos não gostam que nos separemos deles.

Vemos que o pobre Jacob está agitado, especulando e combinando sua astúcia e engano contra Labão, tentando enriquecer por sua inteligência e seus esforços.
Como é triste ver um crente lutando com pessoas mundanas por bens terrenos.
Isaque tinha dado um exemplo bem diferente ao seu filho Jacó (Gênesis 26:15-22).

Uma “armação” após outra. Podemos não nos surpreender com a malandragem de Labão, pois ele era um idólatra. Mas de Jacó esperávamos coisas melhores que essas. Jacó foi um homem que se encontrou com Deus em Betel, que viu anjos, e que fez um acordo com Deus. Mas aqui vemos Jacó de volta aos truques e enganos mundanos. Quando um crente volta às maneiras mundanas, é muito, muito triste. Todavia quão paciente e longânimo é Deus! Deus espera pacientemente até que seu teimoso “filho” esgote todas suas possibilidades. Deus, em sua humilde graça, com frequência chama a Si mesmo de “Deus de Jacó”. É este o Deus que precisamos conhecer cada vez mais.

Em 1 Timóteo 6:6-10 o apóstolo contrasta o desejo de enriquecer com a piedade que, com contentamento, é grande ganho. Observe então este duplo ganho, as verdadeiras riquezas que se devem buscar:
1 – A piedade, isto é, contato/relacionamento com Deus, é isso que nos falam os altares. Mas em seu exílio, Jacó não tem altar e nenhum contato consciente com Deus. 
2 – O contentamento, os patriarcas aprenderam a viver em tendas e Jacó também (Gênesis 25:27). O apóstolo Paulo tinha aprendido pessoalmente a se contentar com as circunstâncias em que se encontrava (Filipenses 4:11). 

Como é difícil estar sempre satisfeito! Contudo, o melhor testemunho que podemos dar aos que nos rodeiam é mostrar que estamos satisfeitos com o que Deus nos dá. Porque Ele nos deu nada menos que Seu próprio Filho e com Ele todas as coisas (Romanos 8:32).

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.