(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
Uma sétima praga é anunciada: o granizo. E ela vem com um aviso especial dado mais pessoalmente a Faraó.
Ele tinha seu lugar de autoridade dada por Deus (veja Romanos 13:1), mas estava pensando muito de si mesmo e não obedecia a Palavra de Deus. Ele devia sua própria vida a Deus (Êxodo 9:16-17) mas não queria admitir isso. Se os líderes se voltam contra Deus, não podemos seguir seu exemplo, mas agir por fé por nós mesmos.
Pela primeira vez vemos alguns egípcios temendo a palavra do Senhor (9:20) e colocando seus rebanhos em abrigos. O propósito das catástrofes que Deus permite que aconteçam é para lembrar aos homens de Sua presença. Estamos hoje tão orgulhosos de todo o progresso científico que o homem acredita que é capaz de controlar as forças da natureza. Então, para lembrar quem é o Dono do mundo, Deus permite desastres naturais, calamidades imprevisíveis (terremotos, epidemias, invasões de insetos), que mostram ao homem a criatura insignificante que ele é e humilha seu orgulho (Jó 38:22-23). Deus busca por todos os meios possíveis voltar os pensamentos dos homens para Ele. Na verdade, muitas vezes por conta desta chamada de atenção, os leva a refletirem e se preocuparem com seu destino eterno. Quantas almas em angústia encontraram em Jesus o abrigo, não apenas contra as tempestades deste mundo, mas contra o juízo eterno!
No versículo 27, a primeira confissão de pecado vinda de Faraó, mas será que sentia isso?
Moisés podia ver que Faraó não estava do lado de Deus, mas Moisés agindo com misericórdia roga outra vez por aqueles que não podiam rogar por eles mesmos. O Senhor é honrado e Faraó se torna mais responsável do que nunca por suas tolas ações.
Deus mede cuidadosamente a extensão e duração da prova. Ela não vai além do que Ele permite. O linho e a cevada são feridos, mas não o trigo e o centeio (versículos 31 e 32). Quanto ao seu povo amado, eles gozam de Sua maravilhosa proteção durante todo o período da tempestade (versículo 26).
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.
Comentários de L. M. Grant sobre as pragas
Praga no. 7 – Granizo com fogo (versículos 13-35)
Mais uma vez o Senhor ordena a Moisés que repita a mesma mensagem a Faraó (versículo 13), acrescentando que continuará a enviar pragas a Faraó, aos seus servos e ao seu povo, até que Faraó fosse cortado da terra (versículos 13 a 15). Mais do que isto, é dito que o próprio Deus havia levantado Faraó com o propósito de fazer dele uma exibição do poder superior de Deus, e que através de toda essa história o nome de Deus seria declarado por toda a terra (versículo 16). Assuntos como este certamente seriam relatados em todo o mundo.
Como Faraó continuava a exaltar-se contra o povo de Deus e, portanto, contra o próprio Deus, foi dito a ele que no dia seguinte Deus enviaria uma “saraiva mui grave”, tal como o Egito nunca havia experimentado antes. Mas ele também é gentilmente advertido de que os animais deixados fora seriam mortos. Alguns dos servos de Faraó temeram a Palavra do Senhor e deram atenção ao aviso e, claro, seus animais estavam seguros, mas outros que não tinham respeito pela Palavra de Deus sofreram as consequências. (versículos 20 e 21).
Quando Moisés agiu de acordo com a Palavra de Deus, estendendo a mão para o céu, a saraiva foi acompanhada de trovões e relâmpagos, fogo correu pelo chão, um castigo que afetou a terra do Egito mais severamente do que qualquer coisa conhecida anteriormente, danificando toda a vegetação, quebrando árvores, além de matar rebanhos e pessoas que permaneceram fora. Outra vez a terra de Gósen foi poupada, de modo que Israel permaneceu à salvo de tudo isso.
Este terrível sofrimento foi tão alarmante para Faraó que ele chamou Moisés e Arão (versículo 27) e disse: “Eu pequei desta vez” e admite que o Senhor é justo e ele e seu povo perversos. Ele não precisava ter dito isso, embora fosse verdade, mas certamente deveria ter dito isso quando prometeu deixar Israel ir se a praga fosse interrompida (versículo 28).
Por causa de sua promessa, porém, Moisés concordou em pedir ao Senhor para remover a praga e ela cessaria imediatamente. Moisés deixou a cidade, dando testemunho do fato de que a terra é do Senhor (versículo 29). No entanto, Moisés acrescenta que sabia que Faraó e seus servos continuariam provando ser rebeldes (versículo 30). É dito aqui que apenas as culturas iniciais (linho e cevada) foram arruinadas, não as culturas posteriores (trigo e centeio).
Como Moisés havia dito, o Senhor deu descanso do granizo, e novamente Faraó cumpriu a predição de Moisés, endurecendo seu coração ao recusar deixar ir Israel.