(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
Finalmente Moisés e Aarão vão a Faraó, o rei do Egito. Eles repetem as palavras do Senhor e Faraó usa uma linguagem perigosa contra o Senhor. Hebreus 12:5 é um aviso para nós não endurecermos nosso coração.
O Egito nos apresenta uma ilustração convincente do que o mundo é, ou seja, a sociedade humana organizada sem Deus. Mas, pelo próprio ato de recusar a autoridade de Deus, o mundo no entanto a entrega a um mestre: Satanás, chamado o Príncipe deste mundo (João 16:11). Ele é um príncipe duro e sem remorsos, da qual o cruel faraó é uma figura impressionante. E quando uma alma começa a ser despertada em sua consciência e suspira por libertação (como Israel neste capítulo), Satanás faz todos os esforços para mantê-la no estado em que se encontra e a sobrecarrega com um aumento de suas ocupações (ver versículo 9). Ele distrai a pessoa com um turbilhão de atividades para afastar seus pensamentos internos e impedi-la de encontrar tempo para atender as necessidades de sua alma. Além daquele povo ter um aumento de trabalho, eles passaram a usar restolho, um substituto ruim para a palha, porque é áspero e irregular. Ou seja, as coisas ficam mais trabalhosas e difíceis.
Sim, nós também conhecemos muito bem o que é gemer debaixo do jugo de Satanás, quando éramos “servos do pecado” (Romanos 6:17), “servindo a várias concupiscências e deleites” (Tito 3:3), incapaz de nos libertarmos por nossos próprios esforços.
Será possível que um de nossos leitores se encontre nesta condição horrível?
A Palavra de Deus apresenta a você uma libertação já realizada. Cristo, maior do que Moisés, não só a pregou, mas Ele mesmo a realizou. Ele arrebatou nossas almas da terrível escravidão do Diabo, do mundo e do pecado.
Os capítulos 5 e 6 são de natureza introdutória ao conflito de Jeová com Faraó por julgamentos. Eles são ao mesmo tempo mais instrutivos para ilustrar os caminhos de Deus. A mensagem é dada em graça, a oportunidade para a obediência é oferecida – Deus aguarda com paciência e longanimidade antes que Sua mão seja levantada em juízo. É a mesma situação com o mundo no momento atual. Agora é o tempo da paciência e graça de Deus, durante o qual a mensagem de Sua misericórdia é proclamada de modo amplo e todo aquele que ouvir e crer é salvo. Mas este dia de graça está chegando ao fim, e no momento em que o Senhor Jesus se levantar de Seu assento à direita do Pai, a porta será fechada e os julgamentos começarão. Sendo assim, estes dois capítulos descrevem, por assim dizer, o dia da graça para Faraó… e para o mundo.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.