(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
Quando Aarão estava dentro do “santíssimo lugar” a sós com Jeová, seus movimentos deviam produzir sons das campainhas. Cada som estava próximo de um fruto. Isso nos lembra que Deus espera a verdadeira adoração ao entrar em Sua presença, os sinos dourados indicando o que é falado, o “sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hebreus 13:15), e as romãs falam dos frutos dados de uma vida piedosa: “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada” (Hebreus 13:16). Em Cristo, cada ato Seu gerava frutos para Deus por toda a Sua vida. Será que o fruto do Espírito é visto em nós também? (Gálatas 5:22-23).
As palavras “linho fino” incluem o significado de “brancura”. O ouro puro gravado com “Santidade”, colocado sobre o azul que havia sobre a “mitra” ou “turbante” branco sobre a cabeça do sacerdote, certamente era algo belo de se ver! Trata-se de Cristo em Sua deidade, Sua humanidade sem mancha, sua Filiação eterna, o Santo, nosso Sacerdote.
Nestes capítulos 39 e 40, uma expressão é repetida continuamente: “como o Senhor ordenou a Moisés”. Nada havia sido deixado a imaginação daqueles que fizeram a obra. O mesmo acontece hoje em relação a adoração cristã. A Bíblia nos ensina tudo o que é necessário saber da maneira pela qual Deus deseja ser adorado. Acrescentar ou substituir algo as Suas instruções por algo que poderíamos pensar que fosse melhor seria desobediência, não seria? E ao mesmo tempo pretensão! Com que direito decidimos o que é aceitável a Deus? Olhe para as denominações cristãs com seu clero, suas organizações, sua pompa e cerimônia! Deus “não ordenou” essas coisas e o crente que conhece a verdade não pode, portanto, se associar a elas. A obediência à Palavra de Deus sempre traz bênção.
Diferente de todos os preceitos do Antigo Testamento, alguns das quais examinamos neste livro de Êxodo, a adoração dos “verdadeiros adoradores” dirigida ao Pai é “em espírito e em verdade” (João 4:23-24). As formas externas de uma religião carnal e suas cerimônias foram colocadas de lado e substituídas pela atividade do Espírito Santo. Não são mais figuras e sombras que estão diante de nós em nossa adoração, mas a realidade das coisas eternas.
Existem volumes de instruções nesta verdade. Estamos sempre prontos a considerar a Palavra de Deus insuficiente até para os mínimos pormenores ao culto e serviço de Deus. Mas isto é um grande erro, e esse erro que tem sido a origem de abundantes males e equívocos na igreja professa. A Palavra de Deus é suficiente para todas as coisas, quer seja no que se refere à salvação e conduta pessoal, quer no tocante à ordem e governo da Assembleia. “Toda Escritura, divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16-17). Estas palavras resolvem toda a questão. Se a Palavra de Deus prepara um homem perfeitamente para toda boa obra”, segue-se, necessariamente, que tudo o que não se acha nas suas páginas não pode ser uma boa obra. Além disso, que possamos recordar que a glória divina não pode ligar-se com aquilo que não for conforme ao modelo divino.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.