“Eu sou Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último” (Apocalipse 22:13)
Neste curto versículo, contudo marcante, temos o que chama nossa atenção, o que leva adiante nosso louvor e nos faz curvar em adoração.
Essas descrições mencionadas de algumas das glórias daquele que cativou nossos corações e os ganhou para Deus – Jesus, Nome precioso! nos abraça como Sua descida em graça e nos leva a olhar para o caminho da infinita perfeição, a completa submissão e concerto com a vontade de Deus, a devoção ao Pai e a graça superlativa para com os homens. Bem-dito foram aquelas palavras de adoração:
“Teu nome envolve toda a graça
Que Deus, como homem, poderia mostrar;
Somente Ele poderia traçar
vida divina adiante levar”
Podemos nos alegrar com a fragrância desse nome que é como um “unguento derramado”, e nos deleitamos em contemplar alguns dos mais altos mistérios dAquele que o gerou.
“Alfa e Ômega”, a primeira e última letra do alfabeto grego indicam o falar de Deus, trazendo diante de nós a Glória do Senhor como a Palavra. No princípio Ele estava com Deus – uma Pessoa distinta, e era Deus: assim Ele era plenamente suficiente para dar expressão a toda a mente de Deus.
Toda comunicação de Deus para a criatura foi através da Palavra. Quando os profetas em tempos passados falavam, era pelo Espírito de Cristo que estava neles (1 Pedro 1:11). E nestes últimos dias Deus falou por Ele. Então, vemos que, como o “Alfa e Ômega”, Cristo é Aquele em quem Deus é declarado.
O Senhor Jesus é por quem Deus foi revelado na plenitude de Sua natureza como Luz e Amor. A vida eterna também na qual os crentes são introduzidos – aquela vida que tem esse caráter distintivo que é com o Pai, foi manifestada Nele. Toda essa bem-aventurança foi trazida ao homem revelada por Ele.
Se contemplarmos a santidade de Deus, que requer a remoção de tudo o que é contrário a ela, também encontra sua expressão no Alfa e no Ômega, pois Apocalipse 19:11-20 nos dá um vislumbre do céu aberto para que possamos ver Aquele que é fiel e verdadeiro, que julga e guerreia com justiça, que sai ferindo as nações e pisa o lagar do vinho do furor da ira de Deus Todo-Poderoso, e Seu nome é chamado de a Palavra de Deus.
Se então Deus é expresso seja em graça ou juízo, Ele é assim naquele que é a Palavra Eterna, o Alfa e Ômega, a primeira e a última palavra de tudo o que Deus tem a dizer.
“O Princípio e o Fim”. Isso transmite o pensamento de atividade ou trabalho. A obra da Criação é atribuída ao Filho. O universo surgiu pela palavra de Seu poder. “Pois por Ele foram criadas todas as coisas que há no céu e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, ou domínios, ou principados, ou potestades: todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele” (Colossenses 1:16).
Ele é o Princípio, o Originador de tudo o que foi criado. A criação do homem foi o resultado do conselho divino. Deus, Elohim – Pai, Filho e Espírito Santo – participaram igualmente, mas o ato de criar é atribuído ao Filho. Ele é o Princípio e Ele é o Fim. Por Ele todas as coisas são criadas – Ele ainda será honrado por toda a criação.
Quanto à nova criação, Ele é o Princípio, o Primogênito dentre os mortos e o Fim tendo em vista que em todas as coisas Ele possa ter a preeminência.
Ouça-O em João 4: “A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”. Em João 17, antecipando o trabalho de redenção sendo realizado… “Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer”. Na cruz: “Está consumado”. Criação, Redenção e Juízo são a obra dAquele do Filho – o Princípio e o Fim.
“O Primeiro e o Último”. A obra de Deus, o falar de Deus, se realizou nEle; mas aqui chegamos àquilo que O coloca diante de toda a glória e majestade de Seu Ser. Ele é o grande “Eu Sou” de Isaías 41:4; Isaías 44:6 e João 8:58. O que Ele é em Sua própria pessoa, é transmitido para nós na expressão “o Primeiro e o Último”. Como Aquele que entrou no estado de homem como não tendo aparência, Aquele em quem Deus agiu e falou, que o diabo O atacou e procurou levá-Lo, no mesmo nível da criatura.
Mas não – Ele é o Cristo, Aquele que é abençoado para sempre. Ele é o Todo-Poderoso e Eterno que sempre existiu. Na Sua humanidade, Ele é tratado em termos de igualdade pelo Pai. “O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre” (Hebreus 1:8). O Espírito Santo, através do apóstolo João, cita Isaías 6 como sendo diretamente cumprido por Ele. “Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele” (João 12:41). Este testemunho é dado à glória da Pessoa que os homens desprezam e tratam com indiferença – O Senhor Jesus Cristo – O Filho que se tornou homem – O Primeiro e o Último “.
Mesmo isso sendo verdade para Ele, quanto à glória de Sua Pessoa, Sua obra e Sua Palavra, Ele encontrou uma aclamação unida? De modo nenhum. João 7:43, João 9:16 e João 10:19 nos dá o testemunho que as pessoas da sua época, assim como hoje, se dividiam em relação ao que Ele disse, ao que Ele fazia e quem Ele era.
Mas nossos olhos sendo abertos, como o homem cego em João 9, sendo apresentados àquele que é o Filho de Deus, cremos e nos prostramos em adoração a Seus pés: O Alfa e Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Último.
“A menção do Teu Nome dobrará
nossos corações para Te adorar;
Aquele entre dez mil que nos amou,
E com esse amor nos libertou”
Norman Anderson
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