“Na verdade, vós sois o povo, e convosco morrerá a sabedoria.” [1]
Jó falou as palavras acima aos seus três amigos, que “combinaram condoer-se dele, para o consolarem” [2], em seu grande tempo de angústia, dor e sofrimento. Cada um dos três disse a Jó o porquê de ele estar sofrendo, porque Deus permitiu que suas aflições viessem, e o que Jó deveria fazer para encontrar alívio e ajuda, apesar de nenhum deles ter jamais experimentado circunstâncias parecidas. Não é de admirar que Jó lhes disse: “Vós, porém, sois inventores de mentiras, e vós todos médicos que não valem nada” [3], e “Todos vós sois consoladores molestos (miseráveis)” [4]. Mas não somos nós muitas vezes culpados da mesma coisa que os amigos de Jó? Não nos colocamos como sendo sábios em situações sobre as quais não temos conhecimento e experiência pessoal? A Palavra de Deus nos diz: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” [5]. Isto nos guardará de julgar precipitadamente ou de maneira injusta os outros, sem conhecermos algo sobre o pano de fundo de suas circunstâncias ou o exercício de seus corações. “SENHOR, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim” [6], “olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado” [7].
Parece que meu amigo está se desviando,
E que seu caminho não está correto,
Mas o que sei eu de suas dores,
E lágrimas que derramou em seu apuro?
[1] Jó 12:2; [2] Jó 2:11; [3] Jó 13:4; [4] Jó 16:2; [5] João 7:24; [6] Salmo 131:1; [7] Gálatas 6:1