Números 4:1-15

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)

  

Vemos com que cuidado o Senhor guardava as coisas santas do tabernáculo. Antes dos Coatitas saírem a carregar suas partes, Aarão e seus filhos deviam entrar e cobrir a mobília santa. Estes itens eram cobertos enquanto eram levados através do deserto.

Era trabalho exclusivo dos sacerdotes preparar os utensílios do tabernáculo para transporte. Ninguém podia ver, mas eles contemplavam a arca e os outros objetos e vasos santos que estavam lá. Ninguém tocava, mas eles colocavam sobre eles as coberturas adequadas. Apenas quando coberto pelos sacerdotes era que coatitas podiam transportá-los. Se esses objetos, que eram apenas sombras das coisas que virão do próprio Cristo e do Espírito Santo, somente eram expostos a olhos sacerdotais, podemos levar nosso coração a realidade mais santa, agora revelada a nós, apenas é apreendida quando assumimos nossos privilégios sacerdotais no poder do Espírito. Podemos tentar ir além do que nos é revelado, mas apenas para nossa própria ruína.

Embora diferentes  as funções de um e de outro, as funções dos coatitas, dos gersonitas e dos meraritas eram todas relacionadas ao tabernáculo. Eles tinham que desmontá-lo, transportá-lo e reerguê-lo etapa por etapa através do deserto. Se há “diversidade de ministérios” (1 Coríntios 12:5), todos estão relacionados a Jesus, nosso Senhor, e cada crente tem de fato a mesma tarefa: apresentar Cristo ao passar por este mundo e manifestar Suas diversas glórias morais. Na palavra e no servir, os servos do Senhor são responsáveis por manter o ensino cristão intacto e vivo.

Ao longo de sua passagem pelo deserto, a maior parte dos utensílios ficavam ocultos sob a humilde pele de texugo, nos lembrando que os crentes têm seu tesouro – Cristo – “em vasos de barro… (2 Coríntios 4:7). Existia uma exceção: a arca, coberta com um pano azul, símbolo do caráter celestial do Deus e Homem caminhando aqui neste mundo. O castiçal era levado sobre barras (ou varais) e era reconhecido por todos, figura do testemunho prestado no mundo por Aquele que é a Luz dele (João 8:12). O altar de bronze sob seu pano púrpura (versículo 13), é um constante lembrete para os redimidos, passando pelo mundo, dos sofrimentos de Cristo e das glórias que o seguem.

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.