Levítico 7:1-21

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários) 
 
A epístola aos Romanos nos ensina que Deus teve de tratar com duas questões: os “pecados”, até Romanos 5:11, e depois, o “Pecado” de Romanos 5:12 até o capítulo 8. Ele teve que condenar a árvore e seus os frutos, o Pecado em nossa natureza e os resultados que ele produz. Ao exigir um sacrifício para a culpa (o ato cometido) e outro para o pecado (a raiz do ato), Deus nos ensina que a obra de Cristo atendeu ambas as necessidades do pecador. 
A lei relativa ao sacrifício pacífico ilustra as condições necessárias para a realização da comunhão cristã. Lembre-se de que trata-se de uma das ofertas de aroma suave, o prazer de Deus pela morte de Seu Filho e Seu compartilhar desse prazer conosco. Assim temos muito que refere-se ao Senhor, parte do sacrifício que ficava com o sacerdote, e o ofertante comendo o restante junto com seus amigos que estavam limpos. 
Era uma questão de um sacrifício de ação de graças, ou louvores (versículo 12, 1 Coríntios 10:16); de caráter voluntário e alegre (versículo 16; 2 Coríntios 8:4), livre de todo contato com o que é imundo (versículo 21). A oferta de ação de graças devia ser comida no mesmo dia em que era oferecida (versículo 15), pois, uma vez que tenhamos oportunidade de agradecer a Deus por algo especial, isto é concluído naquele mesmo dia. Não teremos sempre alguma ocasião no dia seguinte, na verdade, todos os dias, para uma nova ação de graças?
Embora os sacrifícios pelo pecado eram oferecidos porque um homem não estava limpo, apenas os israelitas que estavam limpos (versículo 19) participavam da oferta pacífica. Quem tocasse a carne da oferta pelo pecado tornava-se santo (Levítico 6:27), enquanto que, inversamente, qualquer impureza contaminava a oferta pacífica. Que possamos zelar pela limpeza da nossa comida. E vamos cuidar ainda mais para que nenhuma poluição espiritual venha interromper a comunhão de que este sacrifício é a imagem.  
 
“Qualquer que estiver limpo comerá dela” (versículo 19). Naqueles dias uma pessoa era impura, por exemplo, se tivesse tocado um corpo morto. Para nós crentes isto seria uma figura de nossa amizade com pessoas mundanas, a pessoa não salva está morta (Efésios 2:1-3). A comunhão com os incrédulos suja um crente (2 Coríntios 6:14). Se alguém comesse desta oferta enquanto estivesse impuro, ele seria “cortado do seu povo” (versículo 20 – Versão Darby). A morte pode parecer uma dura sentença para tal coisa, mas o Senhor nos mostra a seriedade de fingir ter comunhão com Ele, enquanto se entrega a práticas pecaminosas. Além disso, a pessoa que tocou qualquer coisa impura, seja a impureza humana ou impura animal, ou qualquer coisa de uma natureza abominável imunda e nessa condição comeu a carne do sacrifício era igualmente condenado à morte (versículo 21). Esta não era uma questão de impureza pessoal, mas de associação com a impureza. Assim, hoje, na cristandade, há inúmeros casos de doutrina e prática impuras introduzidas e o cristão é advertido: “saia do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei” (2 Coríntios 6:17).
Mas não é para nos isolarmos. Em nosso versículo, a pessoa poderia comer do sacrifício com seus amigos que estivessem limpos. É fácil perceber que importa com quem temos comunhão. Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união! (Salmo 133). Deus sempre teve prazer em unir os Seus. É como o óleo precioso (figura do Seu Santo Espírito)… ali o SENHOR ordena a bênção e a vida para sempre.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.