(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
Há uma lição muito importante para aprendermos aqui. Se o sacerdote, por descuido, tivesse algo de errado com ele, não podia entrar na presença de Deus até que isso fosse corrigido. Algumas pessoas (crentes) dizem que podemos ficar muito estreitos em nossos pensamentos quanto à adoração a Deus. Mas cremos que quando temos a certeza dada pela Palavra de Deus de que Cristo está no meio, então iremos querer ser bem cuidadosos. Não será uma questão de sermos os mais descuidados que quisermos ser, mas de sermos os mais cuidadosos que devermos ser. Quando não estamos conscientes da presença do Senhor no meio, então é natural que não tenha importância o que a pessoa faz, contanto que ele seja crente. Leia este capítulo cuidadosamente e em oração. Todas estas coisas nos mostram sobre a importância de Hebreus 10:22: “cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa”. Dar a Deus Seu lugar de suprema honra, um lugar de pura santidade e santificação, é uma questão que não devemos ousar ignorar. “…santificai nos vossos corações a Cristo como Senhor” (1 Pedro 3:15).
Muitas vezes, uma pessoa pode intuitivamente perceber que sua condição moral ou espiritual é tal que ele deve evitar qualquer manipulação de coisas espirituais. Se estamos em um estado moral impuro, melhor é essa precaução do que qualquer pretensão hipócrita de observância religiosa! Pelo menos a pessoa vai perceber a necessidade de ser limpa.
Somente os sacerdotes e suas famílias comeriam das coisas sagradas. Nenhum empregado era autorizado a comer (versículo 10). No entanto, se o sacerdote comprou uma pessoa, essa pessoa tinha o privilégio de comer da sua comida. Um empregado é alguém que serve mediante um salário, enquanto o comprado é totalmente posse de seu mestre, assim como os verdadeiros crentes hoje pertencem plenamente ao Senhor. Eles não servem para ganhar, mas porque são Seus.
Do capítulo 21:1 até 22:16, Deus mostra como manter um sacerdócio sem defeito, enquanto nos versículos 17 a 33 Ele se ocupa com a qualidade de ofertas. Como é triste Ele ser obrigado a insistir: “Você não deve oferecer-me um animal que está doente ou que tem um defeito”. Ainda que estas instruções pareçam desnecessárias, o profeta Malaquias nos diz que o povo trazia tais ofertas. Agir assim era um pecado duplo. Em primeiro lugar porque isso era desprezar o Senhor. Aquilo que ninguém teria ousado em oferecer ao governador (Malaquias 1:8), que não valia nada, era oferecido como algo bom o suficiente para Deus. Em segundo lugar, porque todos esses sacrifícios, falavam de Cristo, a vítima perfeita, devia ser sem defeito. E nós, queridos cristãos, que possamos reservar para o Senhor nosso tempo, nossa energia, nossa inteligência, nosso dinheiro! Reservamos o melhor, ou simplesmente o que sobra, o que não temos mais outro uso?
Diferente dos sacrifícios pelo pecado, que eram necessários e obrigatórios, estamos tratando aqui de sacrifícios de ações de graças, ofertas voluntárias, opcionais. Deus não exige nada de nós; nada é forçado. Mas quanto mais o amor de Jesus toma conta de nossos corações, mais cuidadoso seremos como o que oferecemos a Ele.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.