Onde?

Lembro-me muito bem da tia Bernice. Ela era uma mulher tranquila que vivia de maneira simples e pelo Senhor. Ela foi salva na adolescência e exibiu piedade durante todos os anos de sua vida.

Nunca vou esquecer de estar ao lado da sua cama quando ela gentilmente deu seu último suspiro, um sorriso cruzou seus lábios, e eu sabia que ela estava em casa segura. “Ausente do corpo e presente com o Senhor” (2 Coríntios 5:8).

Enquanto estava lá, pensei em outra alma que havia passado para a eternidade no início daquela semana na mesma enfermaria do hospital. Ele era um homem que tinha sido um bom cidadão na cidade em que vivo. Sua reputação como marido, pai, homem de negócios e filantropo era impecável. Mas, aparentemente, ele não era salvo. Os lamentos que encheram aquela ala do hospital nunca vou esquecer. Ele estava em agonia, não tanto fisicamente, mas emocionalmente, quando percebeu que estava diante da eternidade.

Que contraste! Não acredito que o homem tenha sido salvo e, até onde sabemos, está perdido pela eternidade. E nós? Que possamos lembrar da pergunta de Jó: “morto o homem, é consumido; sim, rendendo o homem o espírito, então, onde está?” (Jó 14:10). Onde estaremos?

Sábio e Seguro

“Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti” (Salmo 119: 11)

Isso, verdadeiramente, é uma coisa sábia e segura a se fazer. Que possamos refletir sobre elas. Entender. Imitar. Há três pontos especiais sugeridos:

O que eu escondi?
Onde eu escondi?
Por que eu escondi?

O leitor vai lembrar facilmente… O que? Onde? Por quê?

Vamos considerar o primeiro ponto:

1. O que eu escondi?  – “TUA PALAVRA”. Não é a palavra do homem, mas a Palavra de Deus, que vive e permanece para sempre. Ela é algo para se esconder. É um tesouro que vale a pena esconder. Nenhum ladrão pode roubá-la, nenhuma traça a corrói. Aumenta sendo escondida no caminho aqui mencionado. Não podemos atribuir quão grande é valor da Palavra de Deus. Então o salmista pensou e a “escondeu”. Esta expressão mostra quão intensamente ele valorizava a Palavra. “Escondi”. Ele colocou fora do alcance de tudo o que poderia privá-lo dela. Que possamos refletir sobre isso – entender – imitar o salmista!    

2. Onde eu escondi?  – “NO MEU CORAÇÃO”. Não estava em sua cabeça ou em seu intelecto, mas em seu coração – a sede de suas afeições – o centro de seu ser moral – a fonte de todas as influências que o dirigiam. Este é o lugar certo para esconder a Palavra. Não é escondê-la debaixo da cama, nem debaixo do alqueire, nem na terra. Não é apenas escondê-la, por medo dos homens, ou para que eles não zombem ou se oponham. Não, meu leitor, não é por isso. Devemos esconder a Palavra onde o salmista a escondeu, no coração. Que possamos refletir sobre isso – entender – imitar o salmista!
          
3. Por que eu escondi? Por uma razão muito importante – “PARA NÃO PECAR CONTRA TI”. Não era para ter um rico fundo de novas ideias para falar e mostrar. Nem para ele ser capaz de confundir todos os seus oponentes e silenciá-los. O salmista não se importou com nenhuma dessas coisas. Ele tinha horror ao pecado – um horror sagrado; ele sabia que a proteção mais efetiva contra o pecado era a Palavra de Deus e, portanto, ele a escondeu em seu coração. Que possamos refletir sobre isso – entender – imitar o salmista!  

Baseado nos escritos de Jim Hyland