Jesus
O único nome pessoal de nosso Senhor em Sua Humanidade. Outros nomes dizem respeito à Sua glória, mas esse nome maravilhoso é pessoal para Ele mesmo. É composto de duas palavras, JAH, uma contração de Jeová, o “autoexistente”, e Oséias ou Josué, significando Salvador. Podemos cantar;
“Que doce o nome de JESUS soa
No ouvido de um crente!
Alivia seus sofrimentos, cura suas feridas
E afasta seu medo”
Tal era a Sua graça em tomar este nome em humilde graça neste mundo, significando Deus Salvador, lembrando-nos da Escritura, escrita ao longo de sete séculos antes de nosso Senhor nascer em Belém: “Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há Salvador” (Isaías 43:11) “…E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim. Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Isaías 45:21-22).
Lemos como o anjo do Senhor apareceu a José, a quem a Virgem Maria estava desposada, dizendo a ele: “…porque o que nela está gerado é do Espírito Santo. E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:20-21). Esse nome ocorre como uma única palavra mais de 700 vezes e muitas mais vezes em combinação. Só o Evangelho de João menciona esse nome cerca de 250 vezes. Os discípulos, conforme registrados nos Evangelhos, nunca se dirigiram a nosso Senhor como Jesus, mas sempre como Senhor ou Mestre.
Cristo
Este é um título do nosso Senhor, ou seja, o Ungido. Messias (hebraico) e Cristo (grego), ambos significando Ungido, são palavras semelhantes. Lemos: “A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo. Jesus disse-lhe: Eu o sou, eu que falo contigo” (João 4:25-26).
A palavra literal, Messias, ocorre apenas duas vezes no Antigo Testamento (Daniel 9:25, 26), e somente duas vezes no Novo Testamento (João 1:41; 4:25). No Antigo Testamento havia três classes de pessoas ungidas em sua relação com o ofício – sacerdotes, profetas, reis. A palavra ungida, referindo-se a indivíduos, ocorre 43 vezes no Antigo Testamento. Praticamente em todos os casos que essa palavra se aplica a sacerdotes, profetas e reis, é traduzida como “ungido”, pois a palavra, Messias ou Cristo, só pode se referir ao nosso Senhor. Ao mesmo tempo, as unções de sacerdotes, profetas e reis, sem dúvida, eram típicas de nosso Senhor, que sustenta todos esses três ofícios. Ele é o Sacerdote de Deus, nosso Grande Sumo Sacerdote (Hebreus 3:1); Ele é o Profeta de Deus, pois Deuteronômio 18:18 fala de Deus prometendo que levantaria um Profeta como Moisés, mas cujas palavras não cairão por terra; e por fim Ele é o Rei de Deus, pois lemos em Salmos 2:6, como chegará o dia em que nosso Senhor se assentará como Rei no santo monte Sião. Temos nosso Senhor apresentado profeticamente como Rei e Sacerdote em Seu trono no versículo: “Ele mesmo edificará o templo do SENHOR, e levará a glória, e assentar-se-á, e dominará no seu trono, e será sacerdote no seu trono, e conselho de paz haverá entre ambos” (Zacarias 6:13).
Por fim, é interessante que, enquanto nosso Senhor é único e preeminentemente O UNGIDO DE DEUS, os crentes nesta dispensação recebem a unção do Espírito Santo de Deus, pelo qual eles são selados até o dia da redenção (Efésios 4:30)
Jesus Cristo
Essa combinação ocorre cerca de 100 vezes. As Escrituras não usam palavras soltas ou ao acaso, ou em sua relação com outras palavras de maneira casual, mas com a máxima precisão de significado. Se o estudante das Escrituras mantiver isso em mente, e aplicar esse princípio a todos os lugares onde a combinação JESUS CRISTO for encontrada, ele reunirá a ideia de uma Pessoa Divina vindo a este mundo, tornando-se Homem, nunca deixando de ser o que era em toda a eternidade, o Filho do Pai, vivendo uma vida irrepreensível, fazendo o bem, morrendo na cruz para a glória de Deus, estabelecendo a justiça divina, ressuscitando ao terceiro dia de acordo com as Escrituras e ascendendo em glória.
Em outras palavras, ao pensar em Jesus Cristo, começamos com o nosso Senhor na terra e terminamos em glória. Que possamos tirar algumas ilustrações disso. Lemos, “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim…” (Mateus 1:18). Aqui, de modo evidente, o Senhor teve toda a Sua vida diante d’Ele, assim como Sua morte e ressurreição. Mais uma vez lemos: “Por cuja vontade somos santificados pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” (Hebreus 10:10).
Aqui novamente nossas mentes são levadas a pensar na morte de nosso Senhor na cruz e a bênção que está envolvida naquela morte por todos os que creem, que depositam sua confiança n’Ele. O apóstolo Pedro também escreve sobre a aspersão do sangue de Jesus Cristo; da ressurreição de Jesus Cristo; do reino de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; todas essas alusões têm a ver com a terra, embora terminem em glória.
Cristo Jesus
Esta é uma combinação maravilhosa e começa onde a combinação, Jesus Cristo, termina. Ela ocorre 47 vezes. A combinação leva o estudante das Escrituras a começar com Cristo em glória à destra de Deus. Um ou dois versículos mostrando isso será útil. Lemos que Deus “ressuscitou (os crentes) juntamente com ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:6). Ao lermos essas palavras, pensamos instintivamente em Cristo em glória. Novamente em Efésios 2:10 diz dos crentes: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras…”. Nossos pensamentos se voltam para Cristo em glória como Aquele, de quem vem toda a nossa bênção espiritual. Novamente lemos: “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Filipenses 4:19). Essas riquezas são Suas riquezas em glória.
Por fim, somos convidados a considerar “o Sumo Sacerdote da nossa confissão, Cristo Jesus” (Hebreus 3:1 – KJV). No momento em que nosso Senhor foi glorificado, Ele se tornou o Sumo Sacerdote de Seus santos. Nos é dito que se Ele estivesse na terra Ele não deveria ser um sacerdote (Hebreus 8:4). É evidente que a combinação, Cristo Jesus, liga nossos pensamentos ao nosso abençoado Senhor glorificado.
Trecho do livro “Divine Titles and Their Significance” (Títulos divinos e seu significado) de A. J. Pollock – sem tradução para o português.