Emanuel – Deus conosco
Se Deus, que é absolutamente santo, entrasse no meio dos homens, que são completamente pecadores, qual seria o resultado? Os homens não seriam inevitavelmente destruídos?
Tem uma história maravilhosa em Êxodo 3. Moisés estava apascentando os rebanhos de seu sogro no deserto, quando notou algo estranho. Ele viu um arbusto, e esse arbusto estava “pegando fogo”. Isso não era nada estranho naquele deserto ressecado pelo sol, mas o que era estranho era que esse arbusto, embora queimasse com fogo, não era consumido por ele, e Moisés, olhando para aquela cena, disse: “Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão” e quando ele se aproximou daquele arbusto em chamas, ouviu uma voz dizendo: “Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é terra santa”. E Moisés descobriu que estava na presença de Deus: Deus desceu para libertar Seu povo e não para destruí-lo. Esse arbusto nos fala da humanidade caída, fala de você e de mim e de todos os nossos semelhantes. Pobre humanidade seca e murcha! Sem frutos, sem frescor, sem vida, sem amor por Deus! Nada além de pecado e ódio para com a Sua santa vontade! um arbusto seco, sem vida e queimado pelo sol no deserto!
O fogo nos fala de Deus, pois “nosso Deus é um fogo consumidor” (Hebreus 12:9). Mas se Deus, que é fogo consumidor, entra no meio da humanidade, tão seco, sem vida e sem frutos, qual seria o resultado? Dizemos que só pode haver um resultado: a humanidade será consumida com o justo juízo de Deus. Esse é o pensamento natural; mas quando chegamos ao primeiro capítulo de Mateus, descobrimos que nossos pensamentos naturais estão errados. Ali mostra Deus entrando no meio dos homens, e Ele não vem para destruí-los, mas para habitar no meio deles, cheio de graça e verdade; porque ” Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele”. E então Emanuel tem outro nome, e esse nome é JESUS, e Jesus significa Salvador. “…lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles”.
Um novo Éden
“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso praticai; e o Deus da paz será convosco “(Filipenses 4:8-9).
Alguém descreveu essa passagem como “um novo Éden”, um verdadeiro paraíso de Deus, e assim é. O antigo Éden era bonito com todos os tipos de frutas que eram boas para comer e Deus passeava por lá; mas por causa da desobediência, nossos primeiros pais perderam o direito de estar lá, e foram expulsos daquele lugar, e a espada dos querubins ardeu em todos os sentidos para proteger a entrada e impedir qualquer tentativa de volta por parte dos pecadores.
Mas aqui está um novo Éden aberto para nós, e a ENTRADA A ELE É A CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO; por essa cruz, o caminho foi aberto para esse paraíso, onde tudo é bom, e podemos vagar entre suas belezas e nos deleitarmos com seus frutos gloriosos – coisas verdadeiras, honestas, justas, puras, amáveis e de boa reputação, coisas de virtude e dignas de louvor. Que fruto, que bênção nos espera neste Éden! É tudo Cristo, e quando nos regozijamos em Sua amabilidade e Ele é nosso alimento e nossas almas vivem e andam entre as glórias de Sua pessoa, o Deus da paz estará lá e nós andaremos com Ele e Ele conosco. E o apóstolo, que conhecia e amava esse paraíso de Deus, não tinha nada a dizer aos santos além de encorajá-los a entrar nele; é o seu final “finalmente”. E o que precisamos além disso? “FINALMENTE, IRMÃOS, NISSO PENSAI”.
Baseado nos textos de J. T. Mawson