“Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus…” (1 Pedro 4:14).
Muitos anos atrás, nos séculos XV e XVI, o evangelho não era amplamente conhecido como é hoje. Em vez disso, as pessoas eram ensinadas que tinham que ganhar sua salvação fazendo boas obras, e eram até mesmo instruídas a pagar dinheiro por sua salvação.
Então, Deus levantou homens que olharam para a Bíblia e começaram a pregar a verdade da salvação pela fé no Senhor Jesus. Um desses primeiros reformadores, como eram chamados, foi um francês chamado Louis Berquin. Ele nasceu por volta de 1490 e, quando jovem, começou a ler sua Bíblia e a ouvir aqueles que falavam contra os maus ensinamentos em que tantos acreditavam. Quando jovem, ele aceitou o Senhor Jesus como seu Salvador e começou a pregar aos outros sobre Ele. Como Louis Berquin era um nobre, ele era rico e também um homem educado. Ele foi treinado como advogado e era bem conhecido de Francisco I, o rei da França naquela época. Várias vezes ele foi preso e encarcerado por sua fé, mas foi liberto pela influência da irmã do rei, Marguerite. Finalmente, o clero da Igreja Católica Romana prevaleceu, e Louis Berquin foi condenado a ser queimado por sua pregação e escrita.
Quando ele chegou ao local onde seria executado, ele veio com suas melhores roupas, desceu a rua em seu melhor cavalo e, de todas as maneiras, se comportou como se fosse visitar o rei. Mas não era o rei da França que ele estava se preparando para visitar; ele iria estar com o Senhor Jesus. Muitos pensaram que ele estava jogando sua vida fora, pois ele ainda não tinha quarenta anos quando morreu dessa forma. Mas esse não é o fim da história.
Um jovem, também nascido na França, foi enviado por seu pai para estudar em Paris, e lá ele ficou sob a influência dos reformadores. Ele estava presente quando Louis Berquin foi queimado por sua fé, e ficou surpreso com a calma e alegria de Berquin em tal ocasião. Ele saiu daquela cena dizendo a si mesmo: “Aquele homem tem algo, e eu quero o que ele tem!” O jovem era João Calvino. Poucos anos depois, ele também aceitou o Senhor como Seu Salvador, e foi promover a obra do Senhor em Genebra, Suíça. Louis Berquin não morreu em vão, pois de fato “o espírito da glória e de Deus” repousou sobre ele, e João Calvino podia ver isso.
Bill Prost
