“Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus.” [1]
É triste dizer, mas nem todos os cristãos podem dizer em todos os momentos que “não nos pregamos a nós mesmos”, pois alguns se proclamam a si mesmos em alto e bom som. Ouça alguns que falam de sua fidelidade na frequência à igreja, de suas doações de dinheiro para a obra do Senhor, ou até mesmo de sua fidelidade no testemunho. Ouça alguns pregadores falarem de sua ampla esfera de utilidade, dos lugares onde já falaram, ou mesmo de seu sucesso ganhando almas. Ou ouça alguns dentre o povo de Deus falando de quão espirituais eles são. Quão desonroso é para nosso Senhor tal proclamação de si mesmo, pois “requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel” [2], e “quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” [3]. Se algum serviço foi feito para a glória de nosso Senhor, é porque Ele assim o capacitou, “porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” [4] Em vez de proclamarmos a nós mesmos e às nossas obras, nossa atitude contínua deveria ser: “me abomino e me arrependo no pó e na cinza” [5], pois “não sou digno da menor de todas as tuas beneficências e de toda a fidelidade que tens usado para com teu servo” [6].
Poeira e cinzas, sozinho, eu sou,
Nada para me recomendar a Deus;
Apenas Sua graça me procurou,
Com misericórdia em vez de Sua vara.
[1] 2 Coríntios 4:5; [2] 1 Coríntios 4:2; [3] Lucas 17:10; [4] 1 Coríntios 4:7; [5] Jó 42:6; [6] Gênesis 32:10