Âncora da alma

“A qual temos como âncora da alma, segura e firme, e que penetra até ao interior do véu,” (Hebreus 6:19).

Uma âncora é muito importante para um navio, pois impede que ele seja levado por ventos e tempestades. A âncora normalmente é muito pesada e serve para se prender a algo sólido no fundo do oceano, para que possa segurar o navio quando uma tempestade chegar.

Na época dos veleiros, as âncoras eram presas a longas correntes e podiam ser baixadas por longas distâncias. Elas mantinham o navio em um lugar no porto ou o mantinham afastado da costa, para que não se colidissem nas rochas. Quando a âncora precisava ser içada, era um trabalho enorme. Nos conveses dos veleiros, havia uma grande estrutura redonda chamada cabrestante, com furos nas laterais. Eles colocavam grandes postes de madeira, como estacas, nesses buracos, e então vários homens precisavam empurrar esses postes em círculos por horas, puxando a âncora. Girar o cabrestante enrolava gradualmente a corrente na âncora e a trazia para dentro. Eles chamavam isso de “erguer a âncora”.

Às vezes, quando um navio se aproximava de um porto, um pequeno barco chamado “batedor” saía e eles lançavam a âncora nele. Então, o pequeno barco remava até a costa, e a âncora era colocada e fixada com segurança. Assim, o grande navio simplesmente tinha que seguir a âncora e chegaria em segurança ao porto.

De acordo com nosso versículo, nossa esperança em Cristo é segura, como uma âncora. Com navios, às vezes uma âncora se solta, mas se formos verdadeiramente salvos, Cristo é nossa âncora e Ele nunca nos deixará ir. A expressão “interior do véu” refere-se ao tabernáculo ou ao templo no Antigo Testamento. Naquele tabernáculo, o “santo dos santos” era o lugar onde estava a presença do Senhor, e ninguém tinha permissão para entrar lá. Somente o sumo sacerdote podia entrar, uma vez por ano. Mas é uma imagem de onde nossa âncora está agora — na presença de Deus. Verdadeiramente, como diz o hino: “Temos uma âncora que mantém a alma firme e segura, enquanto as ondas rolam”.

Bill Prost