(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
“Este povo me provocou”, declara o Senhor (ver versículos 11 e 23). Ao desprezar a “terra muito boa” (versículo 7, ver Salmo 106:24), é Deus, na realidade, o objeto da provocação e da ingratidão deste povo. A falência do povo em relação a fé foi completa. Como então podemos qualificar a atitude de tantas pessoas que desprezam um presente que é o céu e vindo do próprio Deus?
Deus é fiel em suas promessas, mas é a incredulidade que leva as pessoas a não entrarem na “terra prometida”. Como vimos, eles não perderam a benção, mas ninguém que professa ser do povo de Deus tem acesso a ela sem fé. Isso era verdade naquele tempo, permanece sendo verdade hoje. Esse é o ponto das solenes advertências na Epístola aos Hebreus, fé.
Assim como no episódio do bezerro de ouro, Moisés novamente intervém. De modo algum ele aceita a oferta que faria dele um líder de uma nova nação (versículo 12; Êxodo 32:10). Deus destruiu toda a humidade no dilúvio, seria esta semente melhor do que a de Adão preservada em Noé? Que oferta, ser pai de uma nação maior e mais poderosa. Uma verdadeira prova para Moisés. Isso agradaria a “carne” de qualquer homem, mas Moisés responde com mansidão para que o nome de Deus fosse exaltado entre as nações. Bem diferente de hoje, em que a cristandade faz com que o nome de Deus e de seu Filho seja blasfemado em todo o mundo.
Com um argumento irrefutável, ele lembra ao Senhor que a grandeza de Seu nome está em jogo aos olhos das nações. Então, dando pleno valor ao que aprendeu a conhecer Dele e citando Suas próprias palavras (Êxodo 34:6-7), ele lembra que Ele é longânimo (paciente) e grande em beneficência e verdade, lento para se irar e grande em misericórdia. Moisés sugere também que esta é precisamente uma oportunidade para Ele perdoar a iniquidade e a transgressão. Onde não há falhas, não há lugar para perdão. Mas o pecado do homem, o meu e o seu, proporcionou a Deus uma oportunidade Dele mostrar Sua graça. Filhos de Deus, também conhecemos esse Deus que perdoa? Ele é nosso Pai e ao lado Dele temos um Advogado cheio de amor: Jesus Cristo, nosso Salvador (1 João 2:1).
Deus demostra Sua misericórdia pedida por Moises, mas o pecado não passa impune no governo de Deus. Foram perdoados no que diz respeito a morte, mas o mal foi julgado, “não verão a terra de que a seus pais jurei”. A Epístola aos Hebreus, que registra o juramento imutável feito a Abraão, também registra como Deus jurou em Sua ira: “…não entrarão em Meu repouso” (Hebreus 3:11).
“Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo”. Muitos saíram do Egito, mas alguns não creram.
Deus conhecia o coração de cada um. Há muitos hoje que gostam de ser chamados cristãos, mas nunca creram em Jesus como seu Salvador.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.