(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários)
De uma forma ou de outra, os direitos de Deus serão reconhecidos. Se o povo não observa os anos sabáticos estabelecidos no capitulo 25, o Senhor os forçará a fazê-lo, expulsando-os a força da terra que é Sua. Israel não vai, por assim dizer, atender as condições estabelecidas pelo arrendamento. E esta será uma das razões para a deportação para Babilônia (leia 2 Crônicas 36:20-21). Os 70 anos de cativeiro correspondem aos anos sabáticos (versículos 34 e 35) não respeitado durante todo o período dos reis.
As consequências do pecado de Israel são realmente terríveis. A história confirma todas essas maldições atingindo a nação judaica. O holocausto durante a segunda guerra mundial foi apenas outro elo na cadeia dos anos de agonia de Israel. Deus é mais severo com este povo do que Ele é em relação a outras nações. Sua responsabilidade é certamente muito maior. Os oráculos divinos foram confiados a eles. Essa relação com o verdadeiro Deus cujo nome, por culpa deles, é blasfemado entre os gentios (Romanos 3:2 e 2:24). Agora, se Deus é mais exigente com Israel do que com as nações pagãs, você não acha que o mesmo se aplica a nós que temos a Sua Palavra em nossas mãos? “…todo aquele a quem muito é dado, muito será requerido; e daquele a quem muito é confiado, mais ainda lhe será exigido” (Lucas 12:48).
Observe também que confessar o pecado (versículo 40) e aceitar a punição por ele (versículo 43) são as condições para a restauração.
Deus sempre volta para aquilo que Ele é.
Depois de falar da enorme culpa de Israel que lhes causaria um sofrimento tão prolongado, o Senhor enfatizou que Ele não desistirá deles. Suas promessas a Abraão, Isaque e Jacó serão totalmente cumpridas. Por que elas ainda não foram cumpridas? A resposta é simples: Israel ainda não se voltou para Deus em confissão sincera de seus pecados e do pecado de seus pais. Há uma evidência flagrante de sua culpa que eles nunca enfrentaram, isto é, sua cruel rejeição e crucificação de seu verdadeiro Messias, o Filho de Deus.
Mas, em um dia próximo, a enormidade dessa culpa causará neles o arrependimento mais profundo. Confessarão isso como sua própria iniquidade e a iniquidade de seus pais. Eles confessarão quão completamente contrários a Deus foram, e que Deus tem razão em ser contrário a eles (versículos 40 e 41). Eles serão humilhados como nunca antes, para aceitar a total responsabilidade de sua culpa. Isto está implícito na profecia de Zacarias 12:10-14, quando eles olharão para Aquele a quem transpassaram e se quebrantarão em genuíno arrependimento e fé.
O resultado do futuro arrependimento nacional de Israel será graça maravilhosa e ilimitada, de acordo com a promessa incondicional de Deus a Jacó e a Abraão, que Ele lembrará (versículo 42). Mas o versículo 43 volta a enfatizar a ruína que trouxeram em suas terras e, portanto, a grandeza da graça de Deus que ainda os restaurará. Repete-se que “aceitarão sua culpa”, sem desculpas, mas culpando apenas a si mesmos por desprezarem os juízos de Deus e abominando Seus estatutos.
No entanto, embora eles não possam e não peçam circunstâncias atenuantes, Deus não os expulsará, pois isso significaria quebrar Sua aliança incondicional com eles (versículo 44). Mas “por amor deles” Ele se lembrará da aliança de seus antepassados que, com graça maravilhosa, tirou da terra do Egito para que ele fosse publicamente seu Deus. Como isso amplia a maravilha da graça de Seu coração! Então ele acrescenta: “Eu sou o Senhor” (versículo 45).
O versículo 46 indica que este capítulo 26 conclui adequadamente a consideração dos estatutos, julgamentos e leis que Deus colocou sobre Israel.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.