Levítico 25:1-19

(para maior proveito, ore, leia na Bíblia os versículos indicados e medite nos comentários) 
Os filhos de Israel ainda não estavam em sua terra prometida, mas os pensamentos de Deus estavam voltados para ela.  
Era algo designado por Deus para o povo de Deus. Leia Hebreus 4:1-11.  Israel entrou na terra do seu descanso, mas acabaram estragando tudo. Cristo nos deu um descanso que nunca pode ser estragado. 
Aqui neste capítulo havia uma provisão maravilhosa para Israel. Quando entrassem em sua terra, plantariam por seis anos e colheriam seus frutos. Mas, no sétimo ano, não plantariam nem podariam as suas vinhas, mas deixariam a terra descansar durante todo o ano (versículos 1 a 4).
Embora não fazendo nenhum trabalho na terra, poderiam ainda esperar que a fruta ou o grão crescessem voluntariamente. Eles não deviam colher isso para armazená-lo ou vendê-lo (versículo 5). Para o sábado, o produto da terra era para ser alimento para eles e suas famílias (versículo 6). Em outras palavras, eles poderiam usá-lo como eles precisavam, mas não eram para ganhar dinheiro com isso.
Se Israel tivesse aderido a isso, eles teriam sido grandemente abençoados. Os seis anos que eles trabalharam teriam proporcionado mais do que o suficiente para mantê-los no sétimo ano. Tudo o que era necessário era fé para crer em Deus. Mas sabemos quão egoístas são nossos corações. Quando por seis anos suas colheitas eram tão abundantes, o egoísmo dizia: “Por que não obter o mesmo lucro no sétimo ano também?” Em vez de descansar e dar a glória de Deus, Israel preferiu suas próprias obras, e assim perdeu em vez de ganhar. Portanto, Levítico 26:31-35 profetiza a desolação resultante em Israel, o povo disperso e a terra desolada, tempo durante o qual Deus daria à terra o seu repouso necessário. Apesar de muita experiência, não aprendemos facilmente que o egoísmo derrota seus próprios fins.
O ano do Jubileu era outra graciosa provisão de Deus para Seu povo. No final de 49 anos (7×7) um ano de jubileu era ordenado no 50º ano. Não era apenas uma celebração e nem apenas um ano de descanso para a terra, mas no Dia da Expiação, o décimo dia do sétimo mês, a trombeta era para ser soada em toda a terra (versículo 9) proclamando liberdade para com todos os seus habitantes (versículo 10). Isto aconteceria após o sumo sacerdote ter oferecido a oferta pelo pecado e trazido o sangue dessa oferta para dentro do véu, fazendo assim a expiação pelo povo.
Neste jubileu de 50 anos, a sabedoria de Deus é vista ao abordar as desigualdades que se desenvolvem durante um período de tempo, coisas que se tornam destrutivas em muitas nações de hoje. Algumas pessoas se tornam ricas e as pobres tornam-se praticamente seus escravos. As pessoas perdem a propriedade e outras ganham pela perda. Hoje, o homem rico gostaria que o governo adotasse uma política do Jubileu igual a essa que foi dada a Israel? Mas o método de governo de Deus em Israel era muito melhor do que qualquer governo humano jamais avançou.
Qualquer que fosse a condição em que se estivesse, escravo ou não, era devolvida a ele a propriedade que possuía antes do ano do Jubileu (versículo 13). Isto é maravilhosamente simbólico da grande equidade de todas as coisas quando o Senhor Jesus com Seu grande poder reinar sobre Israel e as nações. Que Jubileu de alegria indizível que será! A humanidade cessará de seu próprio trabalho e reconhecerá com admiração a grandeza e a perfeição da obra de Deus!
O preço das coisas vendidas e compradas entre as pessoas deveria ser regulado pelo número de anos que restavam até o Jubileu (versículo 14 a 16), pois neste caso era realmente um contrato de arrendamento para esse número de anos. Claro, se fosse gado, a idade do animal também seria considerada, e produtos perecíveis não seriam considerados neste assunto.
Mas era importante que todos se lembrassem de que não se oprimiriam uns aos outros (versículo 17), ou seja, eles deviam ser justos em seus tratos. Não importa o quão bom um governo pode ser, se os indivíduos não são justos, há problemas.
 
Em resumo, Deus, que deu o sábado ao homem, também pensa na Sua criação. A cada sete anos, todos os trabalhos sobre a terra devem ser interrompidos para permitir a terra descansar. E a cada sete vezes sete anos, a cada cinquenta anos, o som da trombeta era ouvido em Israel anunciando o jubileu, a restauração de todas as coisas. Como consequência, cada transação, cada compra de propriedade, deveria levar em conta a data próxima do Jubileu, era necessário sempre leva-la em conta. A cada cinquenta anos, toda a terra devia ser devolvida a seus proprietários originais. Que bondade de Deus! A terra não acabaria nas mãos de alguns poucos. 
 
Queridos filhos de Deus, este som de trombeta que todos os israelitas esperavam, especialmente os oprimidos, certamente nos faz pensar na última trombeta com que o Senhor descerá do céu para reunir aqueles que pertencem a Ele (1 Coríntios 15:52). Sim, o Senhor está vindo, vamos lembrar isso! Vivamos nesta perspectiva. Vamos dar as coisas da terra somente o seu valor relativo. Elas têm um caráter efêmero; devemos apreciá-las somente por um tempo. Vamos fixar nossos olhos além, sobre as coisas que não se veem, mas que são eternas (2 Coríntios 4:18). Queira Deus que todas as nossas decisões e projetos, tudo o que nos satisfaz, como também nossas provas, sejam sempre marcadas com o selo “temporário” – um pouquinho de tempo – à luz da nossa bem aventurada esperança. 
 
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor nos séculos XIX e XX.