Êxodo 10:12-23

(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)

 

 

O oitavo castigo, não há comida. Tudo o que havia sobrado é agora destruído pelos gafanhotos. Uma praga terrível! “Eu pequei”, repete Faraó com evidente má fé, com o único objetivo de ser libertado dos gafanhotos. Faraó agora está com pressa, e sua confissão vai além da anterior. Mas ele está interessado somente em se livrar dos problemas (veja a palavra “somente” duas vezes no versículo 17). Mas um homem não pode zombar de Deus. Faraó deixou que o momento do perdão passasse (Jeremias 46:17) e o Senhor endurece novamente seu coração. 

Então vem a escuridão, o nono castigo, três dias inteiros de uma escuridão que se pode “tocar”, que se pode ser sentida!  Há novamente uma grande diferença entre os Egípcios e os Israelitas.

 

Será que existe diferença entre nosso lar e um lar mundano? 

 

Moisés não faria concessões de espécie alguma (maravilhoso exemplo para nós), e Faraó sela seu próprio destino ao recusar se submeter a Deus. 

A escuridão foi um sinal de grande importância para os egípcios. O sol, a fonte de luz, de calor, de vida, que eles adoravam como um deus (Ra), se mostra impotente perante o Criador do universo. Mas em todas as casas dos filhos de Israel havia luz. “Para que todo aquele que crê em mim, não habite nas trevas”, declara o Senhor Jesus (João 12:46 – JND). E ainda: ” Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). No meio de um mundo cheio das sombras do pecado, o crente ainda pode desfrutar da presença da luz: Cristo fazendo Sua morada nele (João 14:23). Para o crente tudo é claro: o estado do mundo, seu futuro, a condição de seu próprio coração. Ele sabe onde pode pisar com segurança. O que ele faz pode ser visto por todos (Lucas 11:36).

 

 

Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.

 

 

Comentários de L. M. Grant sobre as pragas 

 

Praga no. 8 – Gafanhotos (versículos 1 a 20)

 

Novamente o Senhor lembra a Moisés que Ele próprio endureceu o coração de Faraó e os corações de seus servos, a fim de mostrar publicamente os Seus sinais diante deles, bem como que as grandes obras de poder de Deus podem ter um efeito muito real na geração atual de Israel e nas gerações vindouras para que percebessem que era realmente o Senhor da glória vivo que estava tratando com eles (versículo 1 e 2).

 

Por ordem do Senhor, Moisés estendeu sua vara sobre a terra do Egito e o vento oriental soprou dia e noite trazendo consigo um enxame de gafanhotos como nunca antes fora, nem depois virão (versículo 14). Toda a terra do Egito sofreu com isso, toda a sua vegetação verde foi completamente consumida (versículo 15).

 

O choque a Faraó foi tão grande que ele chamou apressadamente para Moisés e Aarão, dizendo-lhes novamente que tinha pecado contra o Senhor e contra Israel e implora que pudessem perdoar o seu pecado desta vez e pedir ao Senhor para tirar este terrível sofrimento.

 

Através da intercessão de Moisés, Deus novamente deu alívio ao Egito, enviando um vento ocidental fortíssimo que levou todos os gafanhotos com ele para afogá-los no Mar Vermelho (versículo 19). No entanto, em Seu governo soberano, Deus endureceu o coração do Faraó, de modo que ele ainda se recusava a permitir que Israel partisse.

 

 

Praga no. 9 – Escuridão

 

A nona praga não foi anunciada. O Senhor simplesmente diz a Moisés que estenda sua mão para o céu e trevas espessas caíram sobre toda a terra do Egito por três dias, uma “escuridão que podia ser apalpada”. Uma figura da escuridão espiritual que a descrença prefere (João 3:19), mas que os homens não acham tão desagradável enquanto a escuridão não é mostrada pelo menor raio de luz.

 

Eles voluntariamente escolhem a escuridão ao invés da luz, e mais tarde descobrem que não é o que eles pensavam que fosse. Mas os israelitas não foram afetados. Eles tinham luz em suas casas, enquanto os egípcios estavam totalmente na escuridão.

 

Claro que isso foi milagroso, mas os cristãos hoje têm luz espiritual, enquanto todo o mundo está em escuridão. Mais uma vez Faraó chamou Moisés com outra oferta comprometedora. Ele permitiria que até mesmo suas crianças saíssem com Israel, mas na condição de deixar os seus rebanhos. Tentações como essa também vêm a nós através dos desejos pecaminosos de nossos corações, mas devemos lembrar que nossas posses também pertencem ao Senhor e devem ser usadas somente para Ele. Moisés recusa essa oferta. Os sacrifícios a Deus devem ser feitos dos animais que possuíam. Ele insiste: “Nem uma unha ficará” (versículos 25 e 26).

 

Recusando-se a submeter-se a Deus, Faraó permite nesta ocasião que seu temperamento arda com raiva contra Moisés. Ele diz a Moisés que saia de sua presença e que não volte a ver seu rosto, ameaçando-o de que, se ele ver sua face novamente, ele morrerá. Moisés, contudo, responde a ele com palavras solenes: “Bem disseste; eu nunca mais verei o teu rosto” (versículo 29). Mas não foi Moisés quem morreu: foi Faraó! – uma vítima de sua própria loucura. Deve-se observar que Êxodo 11:8 se refere ao mesmo tempo que Êxodo 10:28-29, de modo que Êxodo 11:1 até o meio de Êxodo 11:8 ocorreu antes de Êxodo 10:28-29.