Português
Eu queria uma bicicleta! Quero dizer que eu queria MESMO uma bicicleta! Queria uma de todo o meu coração. Quando meus pais disseram para eu escrever uma lista de presentes para ganhar de aniversário o primeiro item, e bem pode ter sido o único, foi minha tão cobiçada bicicleta. Embora eu tenha uma péssima memória, ainda posso me lembrar claramente de tudo o que aquela bicicleta significava para mim. Quando eu e um amigo da vizinhança brincávamos na Rua King, ele me disse que meu irmão havia contado para ele que meus pais haviam comprado uma bicicleta para me dar de aniversário. “Mas não conte para ninguém que eu contei para você”, disse ele.
Puxa! Pensei, “Minha própria bicicleta!” O fato de saber que eu tinha minha bicicleta e não poder vê-la fez com que os dias que se seguiram fossem difíceis para um ansioso menino de oitos anos de idade. Finalmente chegou o dia 23 de Maio. Comemos o jantar, que terminou com bolo de creme de cereja como sobremesa, e chegara a hora de serem abertos os presentes. Meu tão egoísta desejo estava para ser realizado. Meu pai pediu que eu o seguisse. Lá fora atravessamos o quintal, passamos por trás do quarto de ferramentas do vizinho e… ali estava ela! Uma linda e brilhante Skyline preta. Como eu esperava, aquilo era tudo o que um menino de oito anos poderia desejar.
Uma Bicicleta Maravilhosa
A bicicleta tinha grandes protetores de couro sintético amarelo na barra e no guidão. Eles estavam na moda; naquela época eram a última palavra em acessório para bicicletas. Não havia nenhum freio de mão. Eu detestava mesmo freios de mão. Em grandes e brilhantes letras metálicas na barra de baixo estava escrito “Skyline”. Abismado! Maravilhado! Palavras não poderiam descrever minha emoção. Ela era maior e melhor e mais terrível do que todas as outras bicicletas da vizinhança.
Pedalando pelas trilhas atrás de nossa casa, passei muitas horas alegres naquela bicicleta. O fato de eu ficar longe horas seguidas deve ter preocupado minha mãe, deixando-a de cabelos brancos prematuramente. Fiquei tão maravilhado com aquela bicicleta que ainda a conservo até hoje. Ela está no celeiro lá em casa. Agora está pintada de marrom, tendo os aros sido trocados duas ou três vezes até hoje; mas as boas lembranças continuam daquela original e maravilhosa BMX preta.
Sem Limites
Assim que ganhei minha bicicleta, eu queria ir com ela para todo lugar. Não havia um lugar que fosse demasiado longe. E isso incluía principalmente o salão de reuniões que ficava a apenas um quilômetro e meio de casa. Era o lugar perfeito para mostrar minha bicicleta nova. Eu achava que todos os outros meninos teriam inveja, e desejavam ter uma igual. Me imaginava chegando bem rápido, virando e entrando no estacionamento e acionando os freios, com a certeza de poder fazer uma derrapagem de pelo menos uns três metros naquela “jóia”.
Então, certo dia pedi a meus pais se eu poderia levar a BMX para a reunião e eles disseram que estava bem. Lá fui eu sozinho, pedalando com o coração na garganta. Para mim era sempre um jogo ver se eu era capaz de ganhar de meu pai na ida à reunião. Nem imaginava que ele ia mais devagar para deixar que eu ganhasse. Devia ser uma quarta-feira ou sexta-feira, pois não deixavam que eu andasse de bicicleta aos domingos. Cheguei ao salão de reuniões e levei a bicicleta para dentro.
Correndo Sozinho
Terminada a reunião, e enquanto os mais velhos, que nunca faziam nada para se divertirem, conversavam do lado de dentro, me apresentei para os mais jovens com meus malabarismos usuais. Quando todos se preparavam para ir embora, peguei minha bicicleta e voei para casa. Estava decidido a uma vez mais ganhar de meu pai no caminho para casa. Lembro-me de haver chegado em casa, encostado a bicicleta na parede e ter ficado andando de um lado para outro, esperando, tentando disfarçar um sorriso maroto. Eu tinha conseguido vencê-los outra vez!
Mas eles nunca chegavam! Normalmente minha família chegava apenas alguns segundos depois de mim e às vezes até antes de mim. Eu não os tinha visto no caminho para casa; mas era normal que tomássemos caminhos diferentes. Eu pegava atalhos com a bicicleta; portanto não me preocupei com o fato de eles não estarem em casa assim que cheguei lá. Afinal de contas, não tinha eu “voado” para casa justamente para ganhar deles? Mas eles nunca chegavam! Esperei, esperei e esperei! Comecei a me preocupar. E enquanto tentava imaginar onde estariam, dúvidas e temores começaram a encher minha cabeça.
Pedalando e Orando
Não sei por quanto tempo esperei, mas foi tempo suficiente para eu decidir voltar pedalando para o salão de reuniões para ver se eles tinham ficado conversando mais tempo do que o de costume. Pedalei de volta para o salão de reuniões. Sentia um nó começar a se formar em minha garganta, daquele tipo que não produz lágrimas — mas que quase produz. Orei todo o caminho de volta. “Meu Deus e Pai, por favor, faça com que mamãe e papai estejam no salão de reuniões; em nome de Jesus, Amém.”
Não estavam lá! O nó da garganta ficou maior! As lágrimas estavam por pouco! Enquanto pedalava de volta para casa, comecei a orar com mais força. Não voltei pedalando tão depressa como na ida para o salão de reuniões. Por todo o caminho, havia aquela voz baixinha falando em meus ouvidos, “Danny, você sabe que eles estão sempre dizendo que o Senhor está para voltar e levar os cristãos para o céu; bem, agora é tarde para você. Eles foram embora e você foi deixado para trás!” Tentei ignorar a voz, minha consciência, mas ela não ia embora. As lágrimas começaram a chegar. Eu chorava e chorava enquanto pensava, “Meus pais foram para o céu e eu fui deixado aqui neste mundo.” Desde pequeno eu havia sido ensinado, e sabia disso, que o Senhor estava voltando em breve; mas eu tinha deixado para mais tarde recebê-Lo como meu Salvador até que ficou tarde demais. O nó em minha garganta estava agora do tamanho de um balão. Eu não estava salvo e meus pais tinham ido para o céu. Eu estava destinado ao inferno!
Uma Decisão Importante
Comecei a orar de todo o coração… mais intensamente, e com mais sinceridade que qualquer outra ocasião em minha vida. Não me lembro exatamente com que palavras, mas posso lembrar claramente de ter pedido ao Senhor que, se Ele não tivesse ainda vindo buscar os cristãos para levá-los para o céu, que me limpasse de meus pecados e entrasse em meu coração. Senti remorso por todas as vezes que tinha feito coisas erradas que sabia estarem erradas, e eu sabia que precisava dEle para me salvar de meus pecados. Orei assim repetidas vezes! E o Senhor Jesus ouviu minha oração.
Enquanto estava sentado ali no gramado chorando, bem diante de um quadro que havia na frente de minha casa que dizia “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores”, meus pais entraram com a grande perua. Não consigo imaginar uma cena que possa ter sido mais feliz do que aquela, exceto se tivesse visto o Senhor descendo para me levar para o céu junto com Ele. Eu sabia que meus pais já estavam salvos, e que se eles ainda estavam ali era porque o Senhor ainda não tinha voltado para buscar os Seus.
Um Presente Melhor
Descobri que meus pais tinham ido ao Dairy Queen para agradar a família. Eu acho que nem me importava com o fato de eles terem recebido tal agrado e eu não. O verdadeiro agrado da salvação que recebi era muito melhor do que qualquer coisa que meus pais pudessem ter comprado na sorveteria. Meus pais ainda estavam aqui e eu era um filho de Deus. Eu sabia que estava pronto para ir para o céu com Ele se o Senhor Jesus voltasse para levar aqueles que, pela fé, nasceram de novo e foram feitos membros da família de Deus.
Não contei logo para meus pais o que tinha acontecido. Na verdade eu acho que nem mesmo contei a eles a história até alguns anos depois. Tenho certeza de que foi naquele dia que cri no Senhor Jesus Cristo e Ele entrou em meu coração. E agora “estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38,39). Posso dizer com segurança que “o Filho de Deus me amou, e Se entregou a Si mesmo por mim” (Gálatas 2:20).
E Você?
Agradeço a Deus ter crido e por ter sido salvo antes que fosse tarde demais. Mas o Senhor não vai atrasar Sua vinda para sempre. A Palavra de Deus, a Bíblia, diz que Ele não retarda sua promessa para voltar. Ele está apenas aguardando que a última pessoa aceite Sua dádiva gratuita da salvação, pois Ele não quer que alguém vá para o inferno. (2 Pedro 3:9). Todavia, assim que Ele der o Seu brado e os crentes forem chamados para o céu, não haverá uma segunda chance como houve para mim. Você está pronto?
English
I wanted a bike! I mean I REALLY wanted a bike! I wanted one with all my heart. When my parents told me to write out a birthday list, the very first item, and it may have been the only one, was my coveted bike. Though I usually have a poor memory, I have a very vivid recollection about everything connected with the bike. As a neighborhood friend and I were playing down on King Street, my friend told me my brother had told him my parents had gotten me a bike for my birthday. “But don’t tell anyone I wanted a bike! I mean I REALLY wanted a bike! I wanted one with all my heart. When my parents told me to write out a birthday list, the very first item, and it may have been the only one, was my coveted bike. Though I usually have a poor memory, I have a very vivid recollection about everything connected with the bike. As a neighborhood friend and I were playing down on King Street, my friend told me my brother had told him my parents had gotten me a bike for my birthday. “But don’t tell anyone I told you,” he said.
Wow! I thought, “My very own bike.” Knowing that I had my bike and not being able to see it made the next few days very hard ones for an eager and excited eight year old boy. Finally May 23, my birthday, rolled around. We ate supper, finishing with dessert of cherry cheesecake, and it was time to unveil the presents. My selfish desire was about to be realized. My father said for me to come outside with him. We walked across our back yard and around behind our neighbor’s tool shed, and… there it was! A beautiful black, shiny Skyline dirt bike. Just as I so eagerly anticipated, it was everything an eight-year old boy could want.
A Wonderful Bike
The bike had large yellow imitation leather pads on the crossbar and the handlebar. They were all the rage, the “very last thing” to have on a bike at that time. There were no hand brakes. I really hated those hand brakes. Big shiny metallic letters on the down bar read, “Skyline” Ecstatic! Thrilled! Words cannot begin to describe my excitement. It was more grand and better than all the other bikes in the neighborhood.
Riding the “trails” out behind our house, I spent many hours of fun on that bike. My staying gone for hours at a time must have caused my Mother’s heart to worry and turned her hair prematurely gray. I was so thrilled with that bike I still have it. It is in the barn at home. It is painted brown now, and the rims have been switched two or three times; but fond memories still remain with me of that original beautiful, black BMX.
No Limits
Immediately on getting my bike, I wanted to ride it everywhere I went. There was no place really to far. This thought especially included the meeting room which was only a mile from our house. There, at the meeting was the perfect place to show off my new bike. I thought all the others would surely be envious, wishing they also had a bike like mine. I invisioned myself getting going really fast, turning into the parking lot, and jamming on the brakes, knowing I could get at least a ten foot skid out of that baby.
On one particular day, I asked my parents if I could take the BMX to meeting, and they said it would be all right. Off I went alone, pedaling my heart out. It was always a game for me to see if I could beat my father to meeting. It did not occur to me that he might go slow on purpose to let me win. The day was either on Wednesday or Friday, because I was not allowed to ride the bike on Sundays. I got to the meeting room and put the bike inside.
Racing Alone
After the meeting was over and while the older people, who never did anything fun, stayed inside and talked, I showed off before the younger ones with my usual fancy tricks. As everyone was preparing to leave, I got on my bike and raced off for home. I was determined to once more beat my father home. I remember getting home, leaning the bike against the house, and strolling slowly around while I waited trying to keep the cat’s grin off my face . I had beaten them home again!
But my parents had not yet arrived! Usually the family was home only seconds after, and sometimes before me. I had not seen them on the way home; but we ordinarily took different routes. I would take short cuts on my bike; so it had not bothered me that they were not home when I got there. After all, had I not “raced” home just to beat them? But they never came! I waited and waited and waited! I began to get worried. As I wondered where they might be, doubts and fears came into my head.
Pedaling and Praying
I do not know how long I waited, but long enough for me to decide to ride back to the meeting room to see if they decided to stay and talk for even longer than they ordinarily did. Back to the meeting room I pedaled. A lump had begun to form in my throat, a kind of hot one that hardly brings tears–but almost. I prayed the whole way back, “My God and Father, please help mommy and daddy to be at the meeting room, in Jesus name. Amen.”
They were not there! The lump in my throat got bigger. The tears were very close. As I rode back home, I began to pray harder. On the way home I was not pedaling as fast as I had on the way to the meeting room. My only hope was our paths had crossed as we took different routes to and from the meeting room. All the way home there was this little voice in my ear, “Danny, you know how they are always saying the Lord is coming back to take the Christians to heaven; well, you are too late. They have gone, and you have been left behind!” I tried to ignore the voice, my conscience, but it would not go away. The tears began to flow. I cried and cried as I thought, “My parents have gone to heaven and I am left here on this earth.” At a very young age I had been taught, and knew, the Lord was coming back soon; but I had put off receiving Him as my Savior until it was too late. The lump in my throat was now the size of a balloon. I was not saved and my parents had gone to heaven. I was on my way to hell!
An Important Decision
I began to pray earnestly…harder, and with much more meaning than any other time in my life. I do not remember the exact words of my prayer, but I distinctly remember asking the Lord, if He had not already come for the Christians to take them to heaven would He wash away my sins and come into my heart. I was sorry for all the times I had done things I knew were wrong and I knew that I needed Him to save me from my sins. I prayed this over and over. And the Lord Jesus answered my prayer.
As I was sitting there, crying on the front lawn, in front of the text on the house that said, “Christ Jesus came into the world to save sinners,” my parents drove up in the big van. I do not think I could have seen a happier sight unless it would have been to see the Lord Jesus coming to take us to heaven to be with Him. I knew my parents were saved, and that if they were still here, the Lord had not yet come back to claim His own.
A Better Gift
What actually happened was that my parents had taken the family to the Dairy Queen for a treat. I think I did not even mind all that much that I did not get a treat. The royal treat of my salvation I received was far better than any treat my parents could have bought at the ice cream store. My parents were still here and I was a child of God. I knew I was ready to go to heaven with Him should the Lord Jesus return to take those who by faith had been born again and brought into the family of God.
I did not tell my parents right away what had happened. In fact, it was years later that I told them the story. I am sure that it was at this time I believed on the Lord Jesus Christ and He came into my heart. Now “I am persuaded that neither death, nor life, nor angels, nor principalities, nor powers, nor things present, nor things to come, nor height, nor depth, nor any other creature shall be able to separate (me) from the love of God, which is in Christ Jesus (my) Lord. (Romans 8:38, 38). Now I can say for myself the “Son of God, who loved me, and gave himself for me.” (Galatians 2:20)
What About You?
I thank God that I believed and was saved before it was too late. But the Lord is not going to delay His coming forever. It says in the word of God, the Bible, “He is not slack concerning His promise” to return. He is just waiting for the very last person to accept His free gift of salvation because He does not want any to go to hell. (2 Peter 3:9). However, once His shout from heaven is given and the believers are called away to heaven, there will be no second chances as there was for me. Are your ready?