Jeoás

“E Eliseu estava doente da enfermidade de que morreu, e Jeoás, rei de Israel, desceu a ele, e chorou sobre o seu rosto, e disse: Meu pai, meu pai, o carro de Israel, e seus cavaleiros!” (2 Reis 13:14).

Como mencionei ontem, aqui está outra ocasião em que um homem usou as mesmas palavras que Eliseu, quando Elias foi levado ao céu. Desta vez, foi Jeoás, o rei de Israel, que se sentiu mal quando Eliseu ficou doente e prestes a morrer. O rei até chorou na ocasião, tão preocupado estava com a perda de Eliseu. Já fazia mais de quarenta anos desde que Elias fora levado ao céu, mas o rei Jeoás ouvira o que Eliseu havia dito naquela ocasião e o repetiu. Parecia muito bom, mas será que o coração de Jeoás era igual ao de Eliseu? Receio que não.

Neste mesmo capítulo (2 Reis 13), é dito que Jeoás (ou Joás), filho de Jeoacaz, “reinou dezesseis anos. E fez o que era mau aos olhos do SENHOR; não se apartou de nenhum dos pecados de Jeroboão, filho de Nebate, com que fez Israel pecar, porém andou neles.” (vs. 10-11). Ele admirava um homem como Eliseu e ficou muito triste quando este morreu, mas o pobre Joás não era um homem piedoso. O Senhor foi gracioso com ele e permitiu que vencesse várias batalhas contra os sírios, mas não há registro de que Joás tenha se arrependido de sua conduta maligna.

Tudo isso é bom para lembrarmos. Podemos respeitar e admirar pessoas mais velhas que conhecemos e que caminharam com o Senhor. Elas foram um bom exemplo para nós, e o Senhor quer que andemos na mesma fé. Mas, infelizmente, podemos lamentar vê-las partir, mas não estar dispostos a pagar o preço para trilhar o mesmo caminho que elas trilharam. Em Hebreus 13:7, somos instruídos: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver”.

Para imitar a fé deles, precisamos estar dispostos a conhecer o Senhor e também a pagar o preço pela fidelidade. O pobre Joás estava cercado pela idolatria e não teve coragem de se livrar dela. Nós também podemos ter coisas em nossas vidas das quais não estamos dispostos a abrir mão e que nos impedem de seguir o Senhor de todo o coração.

Bill Prost