(recomendamos que leia esse trecho em sua Bíblia antes de prosseguir)
Gostaria de passar imediatamente do maravilhoso assunto da descrição do tabernáculo no capítulo 31 para sua construção no capítulo 35. Mas infelizmente, entre os dois existe um episódio sombrio na história deste pobre povo. Vamos contemplar a ruína que o homem faz de tudo em que põe a sua mão. Justamente quando na montanha Deus estava dando a lei a Moisés, lá embaixo o povo já transgredia os dois primeiros mandamentos (Êxodo 20:2-5).
Quando Deus trabalha, Satanás certamente levanta oposição. Enquanto o Senhor estava dando instruções a seu servo quanto ao Seu culto, Israel estabelecia uma adoração idólatra. Em Êxodo 11:2 aprendemos onde o povo havia conseguido suas joias, o que para ser uma benção, se tornou em maldição por causa do coração pecaminoso do povo. A intenção de Deus era para que elas fossem utilizadas na construção do tabernáculo. E quando o bezerro de ouro é feito, eles fingem adorar o Senhor. E se levantam para se divertir. Mas nada escapa aos olhos de Deus (versículos 7 a 10).
Quão grande é a perversidade do homem e sua ingratidão, sua rapidez em esquecer a bondade de Deus! (Salmo 78:11 e Salmo 106:19-23). “Idolatria” não é apenas o pecado de Israel e dos pagãos. Ao recordar esta cena, o apóstolo Paulo se vê obrigado a advertir os cristãos (1 Coríntios 10:7 e 14). Um ídolo é toda e qualquer coisa que em nossos corações toma o lugar que pertence somente a Jesus. Pode ser como o bezerro de ouro:
(1) semelhante aos deuses deste mundo (os egípcios adoravam o touro Apis),
(2) moldado, em outras palavras, segundo a concepção da imaginação da mente humana,
(3) formado com ferramenta, quer dizer, o fruto de nossos próprios esforços (Isaías 44:10, 12).
Preferiam um bezerro que podiam ver em vez do Deus invisível, mas presente em toda a parte – uma falsificação visível da realidade invisível!
Desgraçadamente, sempre tem sido assim na história do homem. O coração humano deseja alguma coisa que se possa ver – aquilo que responda e satisfaça os sentidos. Só a fé pode ficar firme “como vendo o invisível” (Hebreus 11:27). “Faze-nos deuses!”. O homem convidado a fazer deuses e o povo disposto a pôr a sua confiança neles. Para nossa tristeza, não é difícil olhar em nós e ao redor para vermos algo semelhante.
A todo momento corremos o risco de cair, sempre que, em nosso coração, deixamos de nos apoiar exclusivamente em Deus, quer seja no que se refere ao assunto da salvação, quer no tocante às necessidades da nossa vida.
Tudo isso pode acontecer quando perdemos de vista a volta do nosso Mediador, Cristo, neste momento no céu, assim como Moisés estava na montanha.
Texto baseado em diversos autores que se reuniam apenas ao Nome do Senhor no século XIX e XX.