SOFRIMENTO HUMANO E CUIDADO DIVINO

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É necessário que Cristo esteja entre o nosso coração e o sofrimento, ao invés de este último vir a colocar-se como uma parede entre nosso coração e Cristo. Quando passamos por uma provação, não nos esqueçamos de que o que necessitamos não é ver nossas circunstâncias mudarem, mas sim obtermos uma vitória sobre nós mesmos.

A aceitação de seguir a Cristo não significa colocar-se ao abrigo das provas e dos dissabores que gostaríamos de evitar. Como conseguiríamos manter uma vida sem sofrimento moral e físico em um mundo no qual nosso Senhor sacrificou Sua vida?

Mesmo quando Deus julga necessário que uma provação nos alcance, ela vem de uma mão que não erra jamais e de um coração cujo amor é perfeito. O crente não é um indiferente diante da dor, que desafia orgulhosamente sua provação e procura sofrer valorosamente, consciente de sua fidelidade e sabendo dominar a aflição. Ele sente, isto sim, os golpes, mas conhece Aquele que os permite.

A paciência, o sustento e a ternura de Deus não poderão ser aprendidos no céu. É só aqui na terra que podemos conhecê-Lo nestes aspectos. Deus é para nós como um amigo que conhecemos em nossas misérias e aflições e a Quem voltaremos a encontrar no céu com um gozo muito maior.

Antes dos israelitas entrarem no deserto, o maná era algo desconhecido para eles e para seus pais. Nada podiam fazer para o produzir — dependiam totalmente de Deus. Se Deus tivesse deixado de o enviar por alguns dias, todos teriam perecido de fome. A água que brotou da rocha foi, da mesma maneira, um milagre. Ela não existia no deserto, mas Deus, milagrosamente, concedeu-a a Israel. Também não havia um caminho marcado, todavia Deus operou outra maravilha — uma nuvem, de dia, e uma coluna de fogo à noite serviam-lhes de guia.

Mas não era somente nas coisas grandes e tão manifestas e visíveis que Deus cuidava deles, ou cuida de nós hoje mesmo neste mundo arruinado. Nós também podemos observar o Seu terno cuidado em nossos problemas e necessidades, por menores que sejam. “Nunca se envelheceu o teu vestido sobre ti, nem se inchou o teu pé estes quarenta anos” (Deut. 8:4). Talvez os próprios israelitas nunca tivessem meditado nestes milagres que nada tinham de espetacular: a duração da roupa e o bem estar dos pés. Não se dá o mesmo conosco? Quantos detalhes do cuidado de nosso Pai nos passam despercebidos! Quão ingratos somos!

Autor desconhecido