“Num fatídico dia do mês de Janeiro, a vida seguia normalmente, ‘as pessoas se casavam e davam-se em casamento’. Trabalhadores seguindo o ritmo habitual, pensando talvez que ao soar o gongo das 17 horas, as máquinas iriam parar de ranger seus motores, e em paz cada um retornaria para seus lares.
Ah… Se soubessem que o barulho iria soar bem antes do horário combinado! E que não seria o sinal para pararem as máquinas, e sim um estrondo nunca ouvido por eles antes. E ainda que o barulho do aviso, de que algo terrível estava prestes a acontecer, fosse altíssimo, o tempo para correr seria muito curto. Quando menos esperavam, uma avalanche de lama e rejeitos de uma gigantesca barragem, vinha na direção deles. Alguns viram só ao longe; outros, apesar de certa proximidade conseguiram fugir, porém a maioria não teve tempo nem de pensar no que fazer, já sendo engolida pelo monstro de lama.
A dor, a tristeza e o pavor, tomou conta de todos. Na tv só se ouvia falar nesta triste tragédia. O mundo todo o soube.
Após a lama assentar, começou então a missão de resgate:
Homens, helicópteros, cães de busca, todos empenhados em salvar pelo menos ‘um’ que ainda estivesse respirando naquele lamaçal.
Quando, de repente, um dos componentes da tripulação do helicóptero do Corpo de Bombeiros avistou algo que parecia uma miragem – um ponto se mexendo no meio da lama. Sim, eram pessoas!
Uma mão se estendeu até às vitimas, que a seguraram firmemente. Eles sabiam que era sua única chance de viver. Não ponderaram se aquele bombeiro que estava com a mão estendida era capacitado para tal resgate, ou se a mão dele seria forte o bastante para levantá-los até a porta da aeronave. Também não se questionaram se acaso haveria um outro caminho melhor ou mais fácil para sair daquela situação aterradora na qual se encontravam, e nem mesmo ficaram achando-se indignos de serem resgatados, não! Eles não questionaram, somente confiando, seguraram firmes naquela mão estendida.
Os bombeiros também não se perguntaram se aquelas pessoas seriam merecedoras de tal ‘sacrifício’, afinal a vida dos militares também estava em risco, sobrevoando tão perto do chão. Ou se, talvez, poderiam tentar encontrar alguém melhor ou mais digno de tal socorro, quem sabe? Não! Não foi pedido para que os resgatados mostrassem credenciais de que eram merecedores. Simplesmente a mão estava ali estendida, sem nada questionar. Era urgente que eles a segurassem, e eles tomaram a única decisão cabível: estenderam suas mãos de volta.
Agora já dentro do helicóptero estavam, enfim, a salvo.
Se aquele helicóptero não os tivesse resgatado naquele exato momento, não haveria mais nenhuma chance para eles; já estavam condenados, a morte era certa e já lhes sussurrava ao pé do ouvido.
Ah! Que alívio agora eles puderam ter! De condenados a morte, para pessoas resgatadas e longe do perigo.
Ali dentro do helicóptero, aqueles indivíduos poderiam ainda sentir-se inseguros, perguntando em seus pensamentos se realmente o piloto era capaz de levá-los a salvo ao seu destino. Mas os sentimentos deles não mudavam o fato de que o piloto era um perito, e que não havia mais ninguém ali capaz de salvá-los. Confiar em si mesmos? Jamais! Eles não conseguiriam nem sair da lama sozinhos, quanto mais chegar ao lugar de total segurança. Eles não tinham tal capacitação, só lhes restava confiar. Eles não estavam mais no lamaçal, mas também não tinham chegado ao abrigo seguro. Estavam ainda dentro do helicóptero, sobrevoando o ‘vale da sombra da morte’, vendo aquilo que há pouco era sua condenação certa. Mas dentro do helicóptero eles estavam acima daquilo tudo e nada mais daquela cena de terror poderia tocar-lhes.
Parte da lama, que há pouco os cobria por todo o corpo, foi retirada pelos bombeiros, assim que eles adentraram no helicóptero, porém permaneceu ainda algum resquício de lama durante o trajeto. A lama agora já seca em suas ‘carnes’, traziam ainda tristeza pela lembrança do triste estado no qual se encontravam um pouco antes. Mas, ao conseguirem já avistar uma área de ‘verdes pastos’, onde o helicóptero faria o seu pouso final, eles pararam de olhar para si mesmos, e passaram a admirar cada vez mais os seus resgatadores, pensando em todo o bem que lhes fizeram. E quando pararam de focar em alguma lama que insistia em se apegar e tomando posse da certeza da ‘vida’, a lembrança da morte foi aos poucos ficando cada vez mais longe.
E confiando na perícia do piloto, passaram a descansar, já tendo por certo que ele os levaria seguros ao destino ‘final’, porque tudo na verdade dependia unicamente dele. Se por algum motivo viessem a cair daquela posição de segurança, seria por falha do piloto. Longe deles tal pensamento! Eles tinham certeza que ele os levaria àquele lugar, onde finalmente poderiam ser limpos de todo resquício de lama, vestir uma roupa nova, onde não haveria ‘mais choro ou dor’.”
Querido leitor, a história acima é baseada em um fato verídico, conhecido de muitos, e ela me trouxe à memória uma outra história verdadeira, contada já há cerca de dois mil anos: a história de que todos nós nascemos aprisionados a um lamaçal de pecado, impossibilitados de sair dele, condenados a separação eterna de Deus, pois o Deus criador é um Deus santo, e o pecado não pode subsistir diante da presença Dele.
A história que nos diz que este mesmo Deus, levando em conta o seu grande amor e misericórdia pela sua própria criatura, se moveu de compaixão, enviando o seu único Filho, Jesus Cristo, a morrer como forma de pagar, em nosso lugar, a pena que os nossos pecados mereciam.
Mediante este sacrifício eficaz, hoje a mão da salvação do Senhor está estendida a todos nós. Basta estendermos de volta a Ele a nossa mão em fé, e confiarmos que Ele é capaz de nos salvar e nos manter salvos até o fim da jornada.
É urgente que você creia nisso, pois muito em breve essas mãos, marcadas pelos cravos da cruz, que hoje estão ternamente estendidas em graça, vão julgar aqueles que não creram. Sim, as mesmas mãos, se tornarão em breve as mãos de um juiz, trazendo a justa condenação àqueles que fizeram pouco caso de “tão grande salvação”.
Talvez você já tenha crido e recebido a Cristo como seu salvador, mas ainda não se sente seguro ao ver que ainda existe “lama” seca apegada a você, mas creia que Ele há de completar a boa obra que começou na sua vida e um dia te dará um corpo transformado, incapaz de pecar.
“Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido;”, “Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.” e “como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?”
Lucas 19:10; Hebreus 7:25; Hebreus 2:3.
Autor anônimo (Mas conhecido de Deus).