O vento e a chuva que estragou seu piquenique trouxe, ao mesmo tempo, alívio a muitos e uma produção maior para os campos dos fazendeiros da vizinhança. Há um velho ditado que diz: “Um vento que não leve o bem de alguém, para nada convém”. A Palavra de Deus diz: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu” (Ec 3:1).
Os furacões ocorrem quase sempre no final do verão ou início do outono. Os ciclones tropicais são chamados de furacões no oriente e tufões no ocidente. As tempestades tropicais são produzidas em áreas de baixa pressão atmosférica sobre mares muito quentes. No hemisfério norte os ventos giram no sentido horário, ocorrendo o inverso no hemisfério sul.
Embora Deus use a natureza, Ele está acima dela e não é limitado por ela. Ele “faz todas as coisas, segundo o conselho da Sua vontade” (Ef 1:11). O salmista diz: “…vento tempestuoso que executa a Sua palavra” (Sl 148:8). Às vezes a natureza é usada para provar o homem, como vemos no caso de Jó: “Estando ainda este falando veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito, eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, a qual caiu sobre os mancebos, e morreram; e só eu escapei, para te trazer a nova” (Jó 1:18-19).
O Senhor prova os corações, e Jó certamente foi testado de diversas maneiras, mas o pequeno livro de Tiago explica tudo isso plenamente: “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5:11). Isso é declarado também em Jó 42:12-17 onde é dito: “E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro…”.
Será que há tempestades em nossa vida? Muitos irão concordar que sim, e temos que descansar em Deus e saber que Ele está no total controle. O objetivo que Ele tem em vista é sempre de bênção para Seus filhos.
Outras razões por quê Deus permite tempestades como tornados podem ser encontradas em Jó 37:9-13. O último versículo menciona “correção”, mas em seguida fala de “beneficência”. No chamado “corredor dos tornados”, do centro-oeste norte-americano, temos visto que as amostras do juízo de “correção” dado por Deus têm feito com que os homens pensem seriamente acerca das coisas eternas. Quando assim ocorre, a misericórdia de Deus está disponível para todos, pois Ele é rico em misericórdia e não quer que ninguém pereça.
A pergunta que o Senhor fez àqueles que estavam no barco com Ele após ter repreendido o vento e a fúria da água, foi: “Onde está a vossa fé?” (Lc 8:25). Porventura nós, que temos comunhão com Ele, temos fé naquele mesmo Senhor que tem total controle sobre tudo o que nos cerca enquanto estamos de passagem pela vida? Nada acontece por acaso para o crente. Ao contrário, “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por Seu decreto” (Rm 8:28)
Ele “faz cessar a tormenta, e acalmam-se as ondas. Então se alegram, com a bonança; e Ele assim os leva ao porto desejado” (Sl 107:29-30).
Há mil e novecentos anos uma tempestade tropical no mar Mediterrâneo durou duas semanas. Duzentas e setenta e seis pessoas encontravam-se em um navio em meio àquela tempestade. Um deles era o apóstolo Paulo que disse: “creio em Deus” (At 27:25); nAquele que deu a ele a vida de todos quantos navegavam consigo no navio. E assim foi que todos eles escaparam seguros em terra firme.
As tempestades estão aí, e como crentes somos provados, mas lembremo-nos da pergunta do Senhor: “Onde está a vossa fé?”.
C. Buchanan