Pouco antes de passar para a presença do Senhor, J. G. Bellett, que faleceu em 1864, juntando as mãos, com os dedos já magros, entrelaçados em atitude de oração, passou a dizer com os olhos cheios de lágrimas:
“Meu precioso Senhor Jesus; Tu sabe o quão plenamente posso dizer como Paulo que partir para estar Contigo é muito melhor. Oh, muitíssimo melhor! Quanto eu almejo por isto! As pessoas vêm me falar de uma coroa de glória – eu os convido a parar. Não estou interessado em coroas; eu tenho a Ti próprio – a Ti mesmo! Eu vou estar Contigo! Ah, com o Homem de Sicar; com Aquele que parou para chamar Zaqueu; com o Homem de João 8; com o Homem que ficou pendurado na cruz; com o Homem que morreu. Oh, o que é estar Contigo antes que surjam todas as glórias, coroas e reinos! É maravilhoso! Maravilhoso! Só com o Homem de Sicar, o homem que esteve à porta da cidade de Naim; e eu vou estar com Ele para todo o sempre! Trocar esta triste, tão triste, esfera que O expulsou, pela Sua presença! Oh, o Homem de Sicar!”
Após ler este testemunho das últimas palavras de J. G. Bellet, fiquei a meditar na expressão que ele usou, “Homem de Sicar”. E, após ler João 4:6, penso haver compreendido um pouco do que se passava no coração daquele irmão. Ao final de sua jornada neste mundo ele estava cansado, usando suas palavras, desta “triste, tão triste, esfera que O expulsou”. E a quem melhor ele poderia encontrar, do que Aquele que um dia, “cansado do caminho, assentou-Se assim junto da fonte” (de Sicar)? Não há nada melhor, ao final de uma jornada, do que encontrarmos Alguém que já passou por ela; Alguém que sabe o que estamos passando e sentindo: o Homem de Sicar.
“Porque não temos um Sumo Sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; porém Um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado” (Hb 4:15).