O CASACO DE PELES

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O vento gelado já se fazia sentir e as densas nuvens prenunciavam um inverno rigoroso. Buscando precaver-se contra o frio, o caçador dirigiu-se à floresta a fim de matar um urso, do qual planejava fazer um bom casaco de peles. Não demorou muito para encontrar um grande urso vindo em sua direção. O caçador levantou sua arma e, mirando no grande animal, preparou-se para atirar.

– Espere! – gritou o urso, – por que você quer me matar?

– Porque estou com frio – disse o caçador, – e preciso de um casaco.

O urso, mostrando-se dócil e amigo, retrucou: – Compreendo o seu problema, mas entenda que eu também tenho um problema a resolver pois estou com muita fome. Que tal se nós conversássemos a respeito e, juntos, procurássemos uma solução para nossos problemas? Tenho certeza de que poderemos chegar a um consenso!

O caçador concordou prontamente e, sentando-se ao lado do urso, começou a discutir com ele um meio de se chegar a uma solução que deixasse ambos satisfeitos. No final, o caçador acabou bem agasalhado com a pele do urso, e o urso pôde satisfazer sua fome.

Nós sempre saímos perdendo quando tentamos dialogar com o pecado. Ele acabará por nos consumir.

“Seduziu-o com a multidão das suas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o persuadiu. E ele segue-a logo, como boi que vai ao matadouro, e como o louco ao castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado, como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que ele está ali contra a sua vida.” Provérbios 7.21-23.

Autor desconhecido