O ensino acerca do que é aceitável e agradável a Deus nesta dispensação presente é de primordial importância para nosso louvor e adoração, o que se trata do mais alto privilégio que um cristão pode ter enquanto aqui. Três passagens das Escrituras nos dão instruções claras a respeito:
“Ora o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm. 15:5,6).
“Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne” (Fp. 3:3).
“O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tão pouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” (At. 17:24,25).
No louvor e adoração, o Espírito de Deus usa a boca do crente, que se regozija em Cristo com entendimento, para dar expressão ao propósito de glorificar ao próprio Deus, pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Isso é extremamente positivo, muito embora existam algumas restrições. A carne não pode participar disso, assim como não terá lugar no louvor aquilo que é produzido pela mão do homem. As Escrituras são claras e conclusivas a respeito e devemos ser guiados por elas.
Em Hebreus nos é apresentado o lugar que temos para adorar: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus” (Hb. 9:24).
“Tendo pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus” (Hb. 10:19).
“Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, padeceu fora da porta. Saiamos pois a ele fora do arraial, levando o seu vitupério. Porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura. Portanto ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” (Hb. 13:12-15).
Hoje, portanto, adoramos nos céus onde se encontra nosso Sumo Sacerdote. Há, porém, um lugar nesta terra, que está conectado com nosso lugar nos céus, onde Cristo prometeu estar presente, conforme nos diz em Hebreus 2:12: “Anunciarei o teu nome a meus irmãos, cantar-te-ei louvores no meio da congregação”.
A música instrumental não deveria ser trazida para as reuniões da igreja ou assembléia. Na adoração, a música instrumental só irá satisfazer aos sentidos da carne, e isto não é e nem pode ser aceitável a Deus.
Em nossos lares já é diferente e os instrumentos musicais podem nos ser de auxílio, ajudando-nos, inclusive, a aprendermos a cantar mais corretamente. Creio que o desejo de Deus é que os Cristãos escrevam seus próprios hinos, salmos e cânticos espirituais em suas próprias línguas. Isto está de acordo com Efésios 5:19 e deve ser feito com melodias apropriadas.
Devemos nos lembrar de que estamos sob a graça e não sujeitos à lei. Deus não nos deu leis e regras para estes dias e não devemos criá-las. É, porém, digno de nota que as harpas e os órgãos tiveram início na cidade de Caim, depois que ele saiu da presença de Deus.
C. Buchanan